terça-feira, 31 de maio de 2011

Ainda há gente séria na política

Aqui.

Não tendo eu sequer qualquer afinidade particular com o PCTP/MRPP, antes pelo contrário, se é que é preciso fazer esta ressalva.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Vida, Mundo, Universo. Quê?




Para que é que isto serve?

O que raio estamos cá a fazer?

Ok: nascemos, crescemos, aprendemos, vivemos, tiramos um curso (ou não tiramos um curso), choramos, rimos.

Temos alegrias e temos infelicidades. Sim, 'tá bem, mas e depois? So what? Isso serve para alguma coisa em especial?

Note-se: a minha dúvida existencial é somente racionalista. Claro que adoro rir. Claro que odeio sentir-me infeliz. Mas isso não é agora chamado para o caso. Não é disso que isto se trata, de todo. A minha questão é mais a montante (ou a jusante, como preferirem).

Namoramos. Pelo meio casamos até e empregamo-nos. Temos filhos. Divorciamo-nos (ou não). Dou pulos (ou não). Corro, transpiro, exercito-me. Não corro, não pulo, sou sedentário. Ok.

Mas isto serve para alguma coisa em especial, a nossa existência ou presença neste mundo (e isso se não quisermos perguntarmo-nos para que raio serve o «mundo» ou lá o que isso seja)?

Casei ou divorcei-me; um belo dia tenho 50 ou 60 anos de idade. Vinte anos depois morro de uma coisa qualquer. O mesmo aconteceu com os meus antecessores e o mesmo acontecerá com os meus sucessores até um belo dia a nossa raça ser completamente extinta (sim, porque nós só vivemos no planeta Terra sensivelmente há um dia, à escala universal, o que não deixa de ser caricato no meio desta conversa toda).

Nasci, vivi e morri. E para quê? Para que fim? Ahhh porque foste feliz e tiveste muitos filhotes. 'Tá bem amigo, mas para quê? Isso serve para quê, afinal? O que é que isso fornece ao «universo», à «vida» ou ao «mundo», hum? Qual é o objectivo?

Para que é que a minha vida, a roçar a insignificância, serve? Pergunto eu, honestamente.

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Fui ver o The Tree of Life. Gente houve que a meio deixou a sala de cinema, só for the record. Também não achei que fosse caso para tanto.

O filme é muito bem feito, tecnicamente, mas de difícil ingestão, não há qualquer dúvida.

Fui ler algumas reviews do imdb. Ah e tal este filme faz-nos pensar sobre a vida. Ah, sim? Ah o objectivo é para que nos questionemos sobre as nossas origens; como é que chegámos aqui? E porquê? Ok, amigo. Mas a sério, estás a pensar nisso agora, pela primeira vez na tua vida, por causa deste filme? Bolas, amigo.

Fui para o filme preparado para ver algo mais lento e sóbrio - sabia que assim seria. O que não estava nada preparado era para sair da sala de cinema sem o filme me pôr a pensar rigorosamente nada sobre a «vida». Penso sobre a «vida» muitas vezes. A reflexão lá acima é só uma de entre várias que às vezes me vêm à cabeça, já discutida (quase sempre em jeito de brincadeira, que remédio) com amigos.

Penso que o filme não ofereceu uma reflexão sequer perto disto e foi por isso uma desilusão desse ponto de vista.

Nota mais para Brad Pitt e Jessica Chastain que estiveram soberbos.

Se calhar a vida vale por isto... para poder presenciar o que de bom tem. Ah mas também levas com o que de mau tem, pois claro que levas. Dessa não te escapas, amigo.

(e isso serve para quê, mesmo?)

domingo, 29 de maio de 2011

What if...

Disse Morihei Ueshiba #3



Assim que te preocupas com o «bom» ou o «mau» dos teus companheiros, crias uma abertura no teu coração para que a malícia entre. Testar, competir com, e criticar outros enfraquecem-te e derrotam-te.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Esgravatando o meu baú


Andava no outro dia a esgravatar o meu baú, leia-se um dossiê onde guardo alguns documentos antigos relativos ao aikido, e relembrei os já esquecidos Boletins da Federação Portuguesa de Aikido (FPA).

O Boletim da FPA foi sempre gratuito e numa primeira fase chamava-se «Boletim trimestral da Federação Portuguesa de Aikido», até ao nº. 4. Depois talvez por não se conseguir lançar o Boletim com a periodicidade desejada, a partir do nº. 5 já só se chamava «Boletim da Federação Portuguesa de Aikido».

Todos os Boletins consistem em três folhas (seis páginas), com uma no meio sempre solta.

Só tenho em minha posse do nº. 2 ao nº. 6 (do dois ao quatro tenho até repetido). Não tenho é o primeiro fascículo, infelizmente. E sem certeza, penso que o Boletim da FPA morreu no nº. 6. Talvez uma morte já anunciada uma vez que o nº. 5 data de Junho de 2000 e o nº. 6, mais de dois anos depois, data de Novembro de 2002.

Irei contactar a FPA no sentido de saber se ainda possuem em arquivo o boletim nº. 1 e se existe mais algum depois do nº. 6. Caso a resposta seja negativa, se alguém me quiser disponibilizar ou vender o boletim nº. 1 eu comprá-lo-ei.

Gostaria de prestar um serviço mais completo e disponibilizar todos os Boletins que tenho na íntegra mas o facto de não ter scanner impossibilitou-me tal serviço. Vai assim, com o telemóvel e de forma incompleta.

Como é visível, todos estes Boletins tinham o símbolo e designação antigos - Federação Portuguesa de Aikido-Aikikai. A designação entretanto mudou e o símbolo actual é o do início deste post e tem «FPA» no lugar de «Aikikai».

O Boletim nº. 2 corresponde a Outubro-Dezembro de 1998 e tinha em capa o anúncio de «um grande estágio internacional» com a recepção, de novo, do Mestre Tamura, em Lamego.

O editorial deste número não foi assinado e o grosso é visível na imagem, consistindo no anúncio dos novos orgãos da FPA eleitos em Outubro de 1998 assim como os objectivos dessa direcção.


Clicar nas imagens para ver em formato maior
Capa do Nº. 2 do Boletim trimestral da FPA - Outubro-Dezembro 1998

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ensinamento de Musashi #2




In fighting and in everyday life you should be determined though calm. Meet the situation without tenseness yet not recklessly, your spirit settled yet unbiased. An elevated spirit is weak and a low spirit is weak. Do not let the enemy see your spirit.


Miyamoto Musashi

terça-feira, 24 de maio de 2011

Confirmo

Isto.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O meu onze 2010/2011




O Hélton fez uma boa época mas teve à sua frente 10 jogadores muito competentes durante todo o campeonato. Mandou um frango frente ao Villarreal que se fosse o Roberto teria sido crucificado no dia a seguir. Por isso, só posso escolher o Rui Patrício devido ao seu excelente desempenho numa equipa que nunca soube, depois de mais de 30 jogos, qual era a sua dupla de centrais.

Fábio Coentrão é para mim um dos melhores laterais esquerdos do mundo. Talvez o Bale e Marcelo estejam um nível acima mas, ainda assim... É verdade que o Álvaro Pereira é um lateral de excelência mas a sua regularidade não foi a cem por cento.

Não sou fã destes centrais mas julgo que Rolando confirmou de alguma forma a sua qualidade e Luisão penso que fez das melhores épocas que já vi. E por não haver mais ninguém (gosto muito do Otamendi mas faltou-lhe mais constância), só podem ser estes.

João Pereira com a titularidade na selecção ganhou, talvez, um outro estatuto. Eu até gosto do Sílvio e do Sapunaru mas o primeiro jogou muitas vezes à esquerda e o segundo tem um estilo de futebol baseado mais no pau que não me agrada. Nota para o Maxi que fez uma grande época também.

Quem anda nos meandros do futebol baba-se com o «pêndulo» Fernando mas eu até hoje ainda não consegui ver o que tem o Fernando de especial. Naquela equipa e com a rotina que aqueles jogadores têm, qualquer jogador minimamente numa boa condição física e com qualidade de passe e roubo de bola conseguiria cumprir muito bem aquela posição, acho eu. Por não gostar do Fernando acho que Vandinho foi o melhor trinco da época 2010/2011.

João Moutinho, para mim o verdadeiro pêndulo do FC Porto, é um número 8 de qualidade indiscutível. Sendo que pode fazer qualquer posição no meio-campo, acho que é a «8» em funções «box-to-box» que este homem é melhor aproveitado e até porque ele não se importa de se sacrificar em prol da equipa. Por isso, não há outro homem para meter aqui.

Belluschi ficou na sombra de Guarín a partir da segunda metade do campeonato mas foi para mim, sem qualquer tipo de dúvida, o melhor «10» do campeonato e importantíssimo no sucesso do FC Porto deste ano.

Salvio à direita começou mal mas quando Jesus o transformou para melhor ficou um jogador perigosíssimo e desequilibrador naquela ala. Tenho pena de não meter o Alan numa destas alas mas Hulk, por razões óbvias, tem de estar neste «11» ideal apesar de não ser seu particular fã.

Falcao é um dos melhores pontas-de-lança do mundo e do melhor que já vi de cabeça. Igual só Mário Jardel.

domingo, 22 de maio de 2011

Flop das Caraíbas parte quatro




Ainda não vi o filme mas depois de ler esta crítica confirmou-se a minha suspeição.

Afinal de contas a mesma crítica, grosso modo, poderia ser feita ao segundo e terceiro filme do franchise pelo que estou à vontade e revejo-me ou entendo de imediato esta crítica sem sequer ter visto o filme ainda.

Honestamente, só gostei do primeiro. E também não tanto assim.

Ainda assim, como também gosto de ver coisas fraquinhas (sim! e vá lá, o Pirata das Caraíbas também não é assim tão fraquinho mas é sem dúvida entretenimento fácil), irei ver o filme na mesma, certamente.

Dear 16-year-old Me




Vi no cocó na fralda.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Piada do dia




«El Real Madrid esta pensando en el fichaje de un delantero centro y los buenos números de Hélder Postiga en la Liga de Portugal a sus 28 años, edad con la que se ha destapado y piensa en ir más lejos si ficha por un grande como lo es el club blanco.

Ha pasado por grandes equipos como pueden ser el Oporto, Tottenham, Oporto de nuevo, Saint-Etienne, de nuevo Oporto, Panathinaikos y por último en el Sporting de Lisboa. Sus más de 18 dianas le hacen ser el número 1 de la lista.»


Via Bancada de Leão. Fonte: News - fútbol

terça-feira, 17 de maio de 2011

Until the Morning

Oi?



Volta e meia o Facebook perguntava-me hoje no meu perfil, assim como quem não quer a coisa, o supra-citado.

Ele há com cada um.

Mas o que é que tu tens a ver com isso, ó Facebook?

Obviamente, não respondi.

Mixed feelings com o Tintim que aí vem

Pois é: o filme do Tintim com a assinatura de Steven Spielberg e Peter Jackson está quase quase e até já há posters.


Poster «internacional» do Tintim: O Segredo do Licorne



Os posters foram disponibilizados em primeiro lugar no Facebook da Weta Workshop, julgo, a empresa neozelandesa de efeitos especiais fundada por Peter Jackson que fez um excelente trabalho, por exemplo, na trilogia do Senhor dos Anéis e noutros filmes de renome como o District 9.

A excitação em torno destes posters, pelo que pude apalpar quer no Facebook da Weta quer noutros sites foi bastante grande mas honestamente olhando para estes posters muitos sentimentos me vêm ao de cima mas poucos têm que ver com a magia que Hergé fez com Tintim.

É evidente que o poster do ponto de vista técnico, se se quiser, está perfeito e absolutamente excelente, mas creio que não mostra o verdadeiro Tintim.

O Tintim que vejo nesse poster mais parece um Tintim «James Bondiano» com uma «capa» estilo grande super herói (ao invés de uma normal gabardine dos anos 40) e com um cão de guarda ao lado tipo Pitbull (e não um Fox Terrier).

O Tintim do poster parece ser um Tintim que tem tudo sob controlo quando o Tintim de Hergé é um herói quase improvável, ao acaso e com muita sorte à mistura.

O poster é também demasiado sombrio (sobretudo o norte-americano...) quando essa tenebrosidade jamais está presente em Tintim, pelo menos não desta forma.

Para já, para já, estes posters são a única coisa que me assustam no filme de Tintim que aí vem.

A história, já se sabe, também pouco terá que ver com O Segredo do Licorne original. O professor Girassol que nos livros de Hergé faz a estreia n'O Tesouro de Rackham o Terrível, a segunda parte da obra, nem aparecerá no filme, por exemplo. Mas honestamente, não é por aí que o gato vai às filhoses. Aliás, melhor assim - parece que em inglês o nosso querido Tournesol se chama Calculus, meu Deus.

Já os posters... não sei não.

Bem sei que o poster é uma coisa, os trailers outra (sobretudo ultimamente) e o filme per se ainda outra completamente diferente, por isso ainda tenho muita fé que o filme possa ser uma bomba.

Tal como nas obras de Tolkien, sou um indefectível fã de Tintim, mesmo. A par de Tintim, também o sou de Astérix. E os filmes do Astérix são uma banhada completa, não é? Por isso com o Tintim estou a preparar-me para tudo, apesar de a equipa que está a fazer o Tintim nada ter que ver com a que fez os Astérix, é certo!


Poster norte-americano do Tintim: O Segredo do Licorne - público norte-americano que por ser bastante leigo em relação a Tintim, optou-se por divulgar o filme de forma diferente junto destes


Um obrigado especial ao Raphael Santos por me ir dando preciosas actualizações sobre o Tintim e também O Hobbit.

Link de interesse: Tintim por Tintim - excelente blogue cheio de informação sobre o Tintim.


Actualização

Já há trailer!

Não havia necessidade Coelho, zzz, zzz...




Sucessivos empates técnicos entre PS e PSD é o que as últimas sondagens sobre as eleições legislativas têm mostrado.

O que esta e outras sondagens mostram também é que o cenário de coligação entre PSD e CDS é bastante provável.

Paulo Portas no frente a frente com Passos Coelho fartou-se de atirar à cara do líder social-democrata o facto deste ter optado por não ir coligado com o CDS para estas eleições e efectivamente verifica-se que foi uma má jogada (mais uma) por parte do PSD.

PSD conseguir uma maioria absoluta sozinho seria uma missão quase impossível ainda para mais com uma popularidade bastante aceitável de Sócrates junto do eleitorado não obstante seis anos de uma governação socialista, no mínimo, discutível.

Pedro Passos Coelho parece por isso ter uma apetência natural para ficar mal na fotografia.

Foi assim no último Congresso do PSD onde se expôs ante Alberto João Jardim com este a virar-lhe as costas (mais tarde houve aparente entendimento); foi assim com o episódio Fernando Nobre, valendo-lhe duras críticas de António Capucho (com aspirações legítimas à Presidência da Assembleia da República apesar da sua saúde ter sido invocada para não continuar a exercer a presidência da autarquia de Cascais) e outros notáveis do PSD; e agora com Paulo Portas expôs-se ao que parece mais do que evidente eu bem te avisei! do líder do CDS.

É certo que o cenário a manter-se assim - o que não acredito pois em três semanas ainda muita tinta pode correr - não está posta de parte a coligação PSD/CDS, simplesmente Passos Coelho escusava-se a dar o braço a torcer, politicamente, como tem sido seu apanágio até agora, apesar de quase sempre fazê-lo com sucesso.

Convenhamos que a coligação PSD/CDS e um governo com maioria no parlamento para os próximos quatro anos é neste momento o menos mau dos cenários e aquele que dará maior estabilidade política para o cumprimento de um programa aplicado pelo triunvirato (como o CDS gosta de chamar, e bem!).

Só assim se evitam as novelas desagradáveis que aconteceram no segundo mandato socialista sem maioria onde o show político e a luta pelo poder na «Casa da Democracia» chegaram a ser deprimentes.


Um crescimento preocupante

O partido da extrema direita, o Partido Nacional Renovador, tem tido um paulatino crescimento desde que participou nas primeiras eleições legislativas em 2002. Então teve quase cinco mil votos (0,09%). Em 2005 obteve mais de nove mil votos (0,16%), e em 2009 chegou já às duas décimas com cerca de 11500 portugueses a votar neste partido.

Estou curioso para ver se nas próximas eleições o crescimento se manterá ou não, este crescimento da direita radical que se tem verificado um pouco por toda a Europa.

Preocupante, no mínimo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Coisas boas




One drink and that's it. Don't be rude, drink your drink and do it quickly, say good night and go home! You see, this is a morale test at oneself whether or not you can maintain loyalty, because being loyal is very important... So you gonna say: good night, I've had a very lovely evening; walk out the door, get in the car, go home, jerk off... and that's all you're gonna do!


Quase valia a Travolta um Óscar em Pulp Fiction.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Póstroika




Muito bem feito o vídeo.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Bestial

Este episódio - Muitos sócios do Sport Lisboa e Benfica foram surpreendidos esta terça-feira à tarde, dia 10 de Maio, ao receberem no seu mail uma newsletter do FC Porto.

@DepressedDarth




«You don't need to see his identification.» - Obi-Wan with an underage Jedi at a bar.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Porquê?


Excelente partida do Setúbal a fechar muito bem todos os caminhos para a sua baliza tal como a foto comprova



Mas porque é que o Sporting é o único clube em Portugal, de entre os que pretendem ganhar alguma coisa minimamente decente, que joga com dois trincos destrutivos em casa? Porquê?

Zapater e Carriço no meio-campo, em casa. A sério? E quando não foi Zapater e Carriço, chegou inclusive a haver esta época qualquer coisa como André Santos, Zapater e Pedro Mendes, entre outras barbaridades.

Já imaginaram o Braga a jogar com Vandinho, Custódio e Andrés Madrid? O Benfica a jogar com Airton, Javi García e Jardel (meto este aqui de propósito já que o Sporting faz o mesmo com Carriço)?

Já imaginaram o Porto a jogar com Fernando, Souza e Guarín?

Indo lá para fora, conseguem imaginar um Arsenal com Denilson, Song e Wilshere?

É que eu não consigo imaginar e estou a esforçar-me para caramba.

Até o Setúbal ontem conseguiu jogar com um trinco (construtivo) chamado Hugo Leal, ele que construiu a sua carreira como médio-ofensivo (sim, porque qualquer coisa como Hugo Leal, Neca e Zé Pedro soa muito melhor ao ouvido do que Zapater e Carriço/André Santos/Pedro Mendes/Maniche).

Porquê mesmo, afinal?

domingo, 8 de maio de 2011

Até o Chuck Norris sabe kotegaeshi!




Mesmo no final do vídeo. E sem duplo!

sábado, 7 de maio de 2011

O contraditório

Da autoria do Mr. Steed. E que contraditório!



As estórias que andamos a tentar impingir aos finlandeses...


Os fenícios, os gregos, os romanos, os vândalos, os suevos e os visigodos passaram por cá e por inúmeros outros lugares.

Se 20% da população luxemburguesa é de origem portuguesa, se Paris é a segunda cidade com maior número de portugueses, se existem mais portugueses fora do país do que em Portugal, isso é motivo de orgulho porque...?

Nós não inventamos nem a "maritime compass" (seja lá isso o que for) nem sequer o astrolábio. A descoberta foi árabe e aperfeiçoada por um judeu espanhol chamado Abraão Zacuto.

Também não inventámos o canhão de carregar pela culatra. Surgiram primeiro em França.

A vela latina foi inventada pelos árabes.

A salga do peixe é usada em diversas partes do mundo desde tempos imemoriais porque se tratava de uma forma eficaz de preservar o pescado.

A tecnologia da Via Verde foi criada na Noruega.

Se somos o país com menor número de patentes em todo o mundo isso é, na verdade, algo negativo.

Arigato não é uma palavra de origem portuguesa. Tem origem em arigatai.

Existem palavras japonesas que tiveram origem no português? Sim, bastantes: "botan" (botão), ou "bôru" (bolo), por exemplo.

O decreto de abolição da escravatura é de 1761 (e não de 1751) e aboliu a escravatura apenas em solo português. Em meados do século XIX ainda andávamos a assinar tratados em que prometíamos pôr fim ao tráfico de escravos a sul do Equador. Chegámos mesmo a permitir que os ingleses efectuassem buscas em navios de bandeira nacional.

Praticamente todas as culturas com forte presença do porco na sua culinária comem "o porco todo" e têm pratos com as entranhas do bicho.

Napoleão não falhou as três invasões de Portugal. A primeira foi bem sucedida e provocou a fuga da Corte para o Brasil.

Nessa altura, Portugal nem sequer tinha um exército organizado para fazer face aos invasores.

Foi apenas graças a uma força expedicionária britânica que os franceses retiraram do país. Essa mesma força repeliu outras duas invasões e ajudou a reorganizar o exército português cujas unidades eram, em muitos casos, enquadradas por oficiais britânicos.

Se for verdade que o rendimento do rei de Portugal no séc. XVIII era 30 vezes superior ao do rei de Inglaterra isso apenas comprova a má gestão que foi feita da riqueza proveniente do Brasil enquanto a Inglaterra construía o seu império.

O Hóquei em Patins é popular em vários países que têm partilhado títulos com a selecção portuguesa, nomeadamente a Itália, a Espanha e a Argentina.

Temos a aliança mais antiga do mundo e levamo-la muito a sério. Os ingleses também.

Após as invasões francesas tornaram-se numa força ocupante e tentaram assumir o controlo do país.

No final do séc. XIX ameaçaram-nos com uma guerra se insistíssemos em unir as colónias de Angola e Moçambique.

A letra do nosso hino nacional continua a incitar os portugueses a pegar em armas e marchar contra os canhões britânicos.

Por mais que nos custe, não foi a manifestação dos portugueses que levou a Indonésia a abandonar Timor-Leste.

Por fim, a campanha de recolha de roupas e cereais realizada em 1940 só aconteceu porque Salazar quis apoiar um aliado da Alemanha Nazi que lutava contra as tropas comunistas de Estaline.

Esse aliado de Hitler era a Finlândia.

Não sei o que é mais preocupante, se a quantidade de pessoas que acreditam nestes mitos - semelhantes aos que polulavam nos livros de história do Estado Novo - se o facto de ser assinado por um organismo público, a Câmara de Cascais.


E já agora, o Mr. Steed fala no Hóquei em Patins e da sua força noutros países (o que é verdade) e há que acrescentar também que o CR7 não é necessariamente melhor que Ronaldo Fenómeno. Duvido até que o seja, se os compararmos. A começar pelas duas Bolas de Ouro que Ronaldo Fenómeno tem (tem três, se contarmos com o prémio FIFA de 1996), entre outros títulos.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Pois...



Se quando eu for velhinho formos a nova «Finlândia», então já valeu a pena!

P.S.: faltou talvez fazer uma referência aos nossos multibancos e à lobotomia desenvolvida por Egas Moniz, digo eu.

Braga histórico!

via A Bola


Ontem o que se viu foi o culminar de um trajecto histórico por parte do SC Braga, com muita personalidade e querer, frente a um SL Benfica sem ambição e sem garra - afinal de contas, segundo Jesus, «vencer a Euroliga não salvava a época», citando de cor.

E digo culminar pois não acredito que na final o SC Braga vença. Mas não será de todo uma mancha neste registo absolutamente histórico e brilhante do Braga.

Tudo começou em Julho do ano passado ao eliminar o Celtic (ainda era Mário Felgueiras o guarda-redes do Braga) depois o Sevilha, ganhando na casa deles por 3-4 (jogo que vivi com muita emoção).

Pelo meio, ainda houve uma vitória frente ao Arsenal, duas frente ao Partizan, a eliminação do Lech Poznan com neve pelo meio, a eliminação do Liverpool, do Dínamo de Kiev de Shevchenko e do Benfica. Nenhum deles marcou golos na pedreira - só o Shakhtar. Convenhamos: é obra!

E lembrar que pelo meio ainda, também, as dispensas e vendas de Moisés, Luís Aguiar, Felipe, Matheus, Andrés Madrid; dos que me recordo.

Pelo meio também Paulo César, ponta-de-lança, a fazer de defesa-direito, e o Braga a ter que sentar no banco jogadores do Vizela, seu clube satélite, por só ter 12 ou 13 disponíveis para um encontro devido a lesões e castigos.

Moral da história: extraordinário!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Jerónimo nota mais, Passos Coelho nota menos



Tenho um amigo que me dizia, em bom português, quando a sua profissão o obrigou a fazer Lisboa-Madrid e vice-versa semanalmente, que «andar de avião é como cagar: não gosto muito, mas tem de ser...».

É um pouco assim que sinto Passos Coelho quando vai a programas de humor. Já assim tinha acontecido no Esmiúça os Sufrágios, dos Gato Fedorento, e agora novamente no 5 para a meia-noite.

Não gosta muito, mas lá tem de ser.

Esta semana, de segunda a sexta, os cinco candidatos às Legislativas vão a este programa na RTP 2. Três já foram, faltam Sócrates e Portas.

Jerónimo: excelente. Deve ser provavelmente das poucas vezes onde a sua presença em TV sobressai, ganha pontos e cria empatia com o espectador. A apresentadora também ajudou com uma excelente preparação e condução do programa (Nilton esteve péssimo esta quarta).

O facto de Jerónimo de Sousa se apresentar no programa como se num café estivesse, à conversa com a apresentadora, é mais do que o suficiente para que o grande objectivo desta presença na TV seja alcançado: ganhar popularidade e empatia junto de quem o vê. Se ganhar um voto, melhor ainda. Brilhou.

Louçã é o costume. Não dá parte fraca; jamais. Não consegue (nem quer) nunca despir o fato de político, puro e duro, não obstante soltar as suas gargalhadas (forçadas, parece) e ser muito bom a ir na conversa e no guião do programa. Ou seja, não borra a pintura, mas também nunca é aproveitado o facto de estar num programa de humor para mostrar outras facetas porventura mais terrenas. Já no programa dos Gato Fedorento foi a mesma coisa, sendo que aí a sua contenção foi ainda mais evidente ao não ter entrado em nenhuma piada e declamando sempre a sua cassete política. Desta vez foi bastante mais positivo, entrando poucas vezes na lenga-lenga política, mas assim que a oportunidade surgia, claro que aproveitava. É melhor que Passos Coelho, pois não abusa. Sabe manter o equilíbrio.

Quanto ao programa do Nilton, com Passos Coelho, foi o mais trapalhão. O programa, o Nilton e Passos Coelho. A começar no stand-up inicial desastrado, passando pelos sketches de qualidade duvidosa e a acabar na má (ou pouco boa...) prestação de Coelho.

Coelho tenta muitas vezes dar o mote e tomar iniciativa nas piadas. Isso pode dar alguns dissabores... e deu, a meu ver. Nomeadamente quando entrou pelas piadas do «tudo à grande» (uma rubrica do Nilton) metendo a sua mulher à mistura e tudo, no quarto deles, deixando subentendido piadolas sexuais, etc. Esse momento foi mesmo a cereja no topo do bolo.

Se quando eu entro pelos mesmos caminhos, no meu círculo de amigos, e muitas vezes nem piada tem, muito menos piada terá num candidato a primeiro-ministro na televisão (que o faça em privado com os amigos, espero que sim, que dá saúde e faz crescer!).

Quando quero sei ser palhaço e percebi que Passos Coelho também o sabe fazer. Mas não é isso que se quer ali. O que se quer ali é que sejam terrenos, tão-só. Que não discursem eloquentemente sobre o deficit, a troika, o FMI, o TGV e por aí fora. E pronto. Não é preciso ir mais além. Não é preciso dar show. Isso é o papel do programa, não do convidado.

Não me interessa que o meu primeiro-ministro saiba ser palhaço. Interessa sim ter sentido de humor e que saiba encaixar umas piadas. Mas sobretudo, que seja terreno, um homem vulgar.

É a principal imagem que interessa passar em programas deste género.

Até no aspecto formal Passos Coelho conseguiu falhar: extraordinário. Foi o único que não se sentou na ponta do sofá. Com isso, apareceu muitas vezes no plano com os braços cortados em vez de aparecer natural e descontraidamente com o braço e a mão em cima do braço do sofá. Pormenores, eu sei, mas perguntem lá ao Luís do Sócrates se isto não conta. Ó se conta... E Eduardo Cintra Torres julgo que diria o mesmo, meu antigo professor e crítico de televisão. Mostrar as mãos em televisão, é um must. E não só em televisão.

Nota curiosa para o uso do SL Benfica nestas demonstrações de terrenidade, mas é compreensível dada a sua comum conotação como «clube do povo». Se ao Jerónimo foi normal essa demonstração (para quem já esteve inclusive na Benfica TV a ser entrevistado), já a demonstração terrena de Passos Coelho pareceu forçada. Adorei quando diz, rapidamente e num volume de voz mais baixo que «não sou sócio, mas...». Porque se ser do Benfica é ser mais popular (assim numa análise muito crua, claro) ser sócio (!) então dá aquela conotação ainda mais... firme e popularucha (daí ter dito, quase envergonhado, que não era sócio, como se isso fosse alguma vergonha...).

Foi pena pois seria um toque popularucho a dobrar! É do Benfica? Eh pá, espectáculo! E sócio também? Fogo, aquilo é que deve ser amor ao clube. Fica sempre bem, ele sabia e por isso deixou-se envergonhar, ainda que por breves segundos (estava aqui a pensar para com os meus botões e não me lembro de em tempo algum ver Sócrates numa posição destas, quase envergonhado, nem mesmo em matérias muitíssimo mais delicadas, just sayin'). E seria a triplicar, pois conseguiu aglutinar os dois maiores clubes de Lisboa dizendo que a sua mulher é do Sporting e pronto, fica mais ou menos dada uma no cravo e outra na ferradura.

Para concluir, Passos Coelho é muito melhor no papel de político do que no papel de homem vulgar.

Esperemos então por Sócrates (também gosta pouco desta exposição) hoje à noite e por Portas (mestre nestas lides!) na sexta.

Estarei cá para dizer de minha justiça.

5 para a meia-noite do Jerónimo.
5 para a meia-noite do Louçã.
5 para a meia-noite do Passos Coelho.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O coiso




O meu blogue tem um cogumelo como favicon, em honra ao fungo pé-de-atleta. E bem catita que ele é.

No entanto, só o vê quem entra no blogue através do Internet Explorer ou do Firefox (nestes pelo menos, que eu saiba, dá).

Quem navega com o Chrome, o browser da Google (com cada vez mais adeptos), infelizmente não vê o meu querido, amoroso, delicioso, fantástico, exótico, agradável, charmoso e bombástico (ok, eu páro) favicon.

Aliás, numa primeira fase quando «instalei» aqui o dito, até só dava para o IE; mas depois de esturricar os miolos durante uns largos minutos ou horas ou dias ou lá o que foi, nos meandros da informática e do html (essa coisa diabólica e absolutamente dificílima para os informáticos), lá consegui pôr o dito a funcionar também no Firefox.

Entretanto não tive mais pachorra para tentar que o coiso funcione também para o Chrome. Talvez um dia ganhe coragem e pachorra e fá-lo-ei funcionar também no coiso da Google.

Ora bem, agora vamos ao que interessa:

Este post foi absolutamente irrelevante (a par de mais dois ou três neste blogue), eu sei, mas apeteceu-me desabafar out loud e registar. O coiso.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Where is my mind?

Thor



Sobre este filme a única coisa que posso dizer é que foi do melhor que já vi no que a filmes de super-heróis diz respeito. E isto é o maior elogio que posso fazer ao filme.