quarta-feira, 30 de março de 2011

O que eu acho



Acho que os sportinguistas estão divididos e reina um clima espécie guerra civil.

Acho que não deve haver impugnação das eleições do Sporting.

Acho que Godinho Lopes, uma vez empossado como Presidente, deve cumprir o mandato até ao fim.

Acho que Godinho Lopes tem margem zero de erro.

Acho que é bom para o Sporting e para a actual direcção haver margem zero de erro pois ou se esfolam para obter resultados (desportivos, principalmente) ou a avalanche anti-Godinho acentuar-se-á. Godinho quererá por isso obter resultados o mais rápido possível.

Acho que chegará a hora de Bruno de Carvalho mas, dado o contexto, terá que ficar para a próxima. Pelo bem do Sporting.

Acho que os estatutos devem ser revistos urgentemente.

Para já, para já, é o que eu acho.

terça-feira, 29 de março de 2011

O(s) manguito(s) de Godinho Lopes



Godinho Lopes, durante toda a campanha eleitoral, fez um manguito ao candidato Bruno de Carvalho.

Ontem à noite, no programa Dia Seguinte, diz que gostaria de ter Bruno de Carvalho a seu lado.

Mas então Bruno de Carvalho não era um Vale e Azevedo de terceira e não tinha uma vida pessoal lamentável?

Então durante a campanha vale tudo e agora faz de conta que não aconteceu?

Haja dignidade e sejamos intelectualmente honestos. É o mínimo que se exige.

Não pode valer tudo.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Explorando o “AI” de Aikido





«Na prática do Aikido fui, muitas vezes, defrontado com a necessidade de estabelecer a harmonia entre o tori e o uke.

Ao tentar definir "harmonia" cheguei à conclusão que tinha uma noção do que era mas, na realidade, não tinha uma noção completa, já que parecia que o seu significado era muito mais completo do que aquele que eu conseguia definir.

Desta tentativa de perceber o alcance deste significado, nasceram alguns escritos que, depois de apresentados e complementados em grande parte pela minha querida amiga Margarida Macedo, deram origem ao ensaio que vos envio.

Espero que a partir dele possamos viver o nosso Aikido com mais Harmonia.»

Foi esta a mensagem que recebi do meu amigo Tito Simões juntamente com um texto sobre o kanji AI, de Aikido.

Queria agradecer em primeiro lugar ao Tito e à Margarida Macedo, professora de Filosofia e praticante de Aikido, por produzirem um escrito de relevo sobre a arte e, em segundo lugar, por mo deixaram publicar no meu blogue.

Posto isto, vamos ao que interessa!



Explorando o “AI”

Como é do conhecimento geral Ai Ki Do tem na sua constituição a palavra Ai que se traduz, naturalmente e sem grande questão, como Harmonia.

Por outro lado, quando na prática Aikido, insiste-se sempre que uma técnica só se torna perfeita quando, entre outras coisas, o tori consegue “harmonizar-se” com o ataque do uke.

Todos utilizam o conceito de harmonia neste contexto, mas será que se sabe efectivamente o que estamos a dizer para além do significado que intuitivamente assumimos?

Tem esta tentativa de ensaio o objectivo de tentar analisar e pormenorizar a dimensão do conceito de Harmonia, tal como o herdamos etimologicamente, assim como da tradição da filosofia grega.

A motivação deste melhor entendimento do significado de Harmonia no contexto dito “Aikidoka” advém do termo ser utilizado equiparado com o conceito de “união”, referindo-se, na prática, à relação do tóri com o uke. Parece, de imediato, que este conceito não reflecte completamente o inter-relacionamento necessário para a concretização óptima das técnicas, mas convém analisar os termos e os conceitos, dando primeiro destaque à HARMONIA.

sábado, 26 de março de 2011

Um poker de campeões a cores

O ano passado publiquei aqui uma foto extraordinária daquilo que é um verdadeiro poker de campeões.

Hoje, enquanto dava um browse pelo google, descobri uma foto tirada no mesmo dia, mas a cores.


Bom demais!

terça-feira, 22 de março de 2011

Carol, A Guerreira


Foto: Sara Matos




A Carol é uma cavaleira de Horseball que joga pela formação Horseball Quinta da Figueira.

Neste desporto joga-se quatro contra quatro, cada um no seu cavalo, num campo talvez um pouco maior que os de futsal, com uma bola e com duas balizas em cada ponta do terreno a três metros e meio do solo.

Naquele dia, jogava-se para o Campeonato Nacional Trophy. A equipa adversária de Carol, os Lobos, tinha uns quantos cavalos lesionados. Por isso, só puderam comparecer três atletas.

Antevia-se por isso, digo eu, uma partida mais facilitada. Não foi, de todo, o caso.

Os Lobos, com menos um elemento, puxaram dos galões motivados porventura pelo orgulho ferido e tarefa mais complicada de jogar com uma baixa e tiveram uma exibição muito conseguida.

O resultado final foi um 5-4 para a equipa dos Lobos, ao final dos 20 minutos.

Não correu nada bem. No final, o desalento de Carol era evidente. E ainda bem! Sinal de que para a próxima darão seguramente o litro.

Mas nem por isso Carol, de número 8 às costas, deixa de ser Guerreira num desporto nada fácil, intenso e veloz.

Com ramassage aqui e acolá, Carol mostrou estar à altura dos grandes cavaleiros da História de Portugal, ficando só atrás do D. Afonso Henriques, claro.

E se D. Afonso Henriques era O Conquistador, pois Carol é A Guerreira!

Salve, Carol!



O merecido descanso d'A Guerreira

sexta-feira, 18 de março de 2011

Gosto muito



Bom fim-de-semana!

Afinal, se é da paz, é Arte Marcial porquê?





O Aikido é muitas vezes apresentado como «a arte da paz». De seguida, a pergunta é quase inevitável: «então se é arte da paz, é arte marcial como? Marcial vem de guerra, logo, guerra é destruição, morte, sangue, combate. Como pode ser uma arte marcial uma arte da paz?» - ainda recentemente ouvi esta questão ser colocada numa entrevista feita a um sensei brasileiro numa TV do seu país. As respostas podem ser várias, mais consistentes ou menos consistentes.

Aikido - O Desafio do Conflito é um livro do sensei Masafumi Sakanashi, radicado na Argentina desde criança e com uma forte expressão aikidoca nesse país. O preâmbulo da obra é escrito por Claudio Veiga, o Director Editorial.

Ainda que não creio que Claudio Veiga estivesse a responder à pergunta de porque é que o Aikido é a «arte da paz» - penso que foi simplesmente um raciocínio que lhe escorreu, a bruto -, julgo que deu a melhor resposta possível a essa questão ou a outras discussões semelhantes.

Segue o excerto, já de seguida, de um texto muito consistente e interessante.


"O Caminho do Guerreiro"

As artes marciais, sejam elas originárias do Extremo Oriente ou do Ocidente, surgiram - como indica seu nome - ligadas à guerra, em épocas em que o homem de armas enfrentava cara a cara a morte no campo de batalha. Recorde o leitor que estamos nos referindo a toda a etapa anterior à introdução das armas de fogo na contenda bélica. A luta corpo a corpo (com ou sem armas) era a norma e ali o guerreiro devia enfrentar permanentemente a possibilidade de matar ou ser morto; por isso, paralelamente às destrezas de ordem técnica, tornou-se imperioso dotá-lo de um sistema conceitual que lhe permitisse enfrentar equilibradamente, no plano espiritual, essa dramática alternativa existencial: conviver com a morte.

Do seio das grandes religiões do Oriente, sobretudo do Budismo, do Taoísmo, do Confucionismo e mais tarde do Zen, com efeito surgiram diversos códigos de ética, como é o caso do Bushidô, entre outros (século XII, Japão).

No Ocidente, por outro lado, foi a filosofia grega seu sólido embasamento teórico.

Séculos mais tarde, as armas de fogo ocuparam o centro da cena na guerra e as artes marciais (tal como eram conhecidas até então) começaram a tornar-se anacrônicas, enfrentando assim uma possibilidade concreta de extinção.

Contudo, no Oriente, seus expoentes mais lúcidos propuseram uma alternativa tão coerente quanto necessária, que lhes permitiu evoluir e adaptar-se à nova realidade e posteriormente aos requerimentos da moderna sociedade democrática.

Os antigos Mestres de Armas, formados na guerra real, conheciam a partir de sua própria experiência que o homem é essencialmente um animal social. Assim o definiria com total precisão, séculos mais tarde, a escola antropológica clássica. Estudos da psique e do comportamento humanos confirmariam em seu tempo que o instinto agressivo é inato e que a influência do meio social onde se educou a pessoa é determinante para que essa tendência se agudize ou possa ser controlada.

Então, no Oriente, quando as artes marciais deixaram de relacionar-se diretamente com a guerra, passaram a constituir sistemas de educação psicofísica, baseados na prática regular de técnicas de autodefesa com ou sem armas, orientadas a sublimar a natural agressividade humana, voltando-se para o crescimento interior do indivíduo, para uma experiência espiritual profunda e para fins socialmente úteis. Tornaram-se, em síntese, disciplinas formativas que visam produzir uma mudança na estrutura moral da própria personalidade.

(...)A presente obra apresenta as diversas Artes Marciais e Esportes de Combate como verdadeiras escolas de vida, capazes de contribuir para a educação de valores dos indivíduos - sejam elas crianças, jovens ou adultos - esses valores que são indispensáveis na formação de pessoas honestas e cidadãos responsáveis.

Claudio Veiga
Diretor Editorial

segunda-feira, 14 de março de 2011

O Santo Graal




Convidado Pedro Lopes

Sempre tive muita dificuldade em encontrar alguma actividade que me satisfizesse totalmente. Prova disso é a quantidade de desportos que fiz ou experimentei e acabei por desistir. Fiz natação, futebol, basquetebol, equitação, atletismo, etc. E experimentei outros tantos que nem me recordo. O certo é que, por muito que gostasse, acabava sempre por desistir.

Virei-me, então, para as artes marciais porque sempre tive muita admiração por elas e pela cultura que lhes está inerente. Experimentei uma série delas, gostei de todas, mas nenhuma me fascinou especialmente. Comecei pelo Judo que, na altura, estava muito na moda; experimentei mas saí pouco tempo depois. Depois veio o Karaté (muito influenciado por aqueles filmes clássicos que todos conhecemos). Porém, mais uma vez, não me seduziu. Em seguida veio o Ninjutsu que também não me aliciou. Estava a ficar desesperado. Faltava-me alguma coisa…

Até que um dia oiço falar em Aikido num programa sobre Samurais. Despertou-me logo muito interesse. Seria desta? Bom, decido ir assistir a uma aula no Clube Nacional de Ginástica, com relutância. Quando entrei no dojo, deparo-me com a seguinte situação, um tanto peculiar para um rapaz de 14 anos: um senhor de saia a torturar as articulações de um pobre rapaz, também este trajando uma saia, ao mesmo tempo que falava inglês para um grupo de alunos muito felizes e sorridentes, com um ar que roça a crueldade. Pensei logo: “Epá… Queres ver que entrei no sítio errado?” Mais tarde vim a saber que o tal “senhor de saia” era o grande sensei Antoine Vermeulen, o “pobre rapaz” era o André, a “saia” era o Hakama, o “grupo de alunos muito felizes e sorridentes” eram os meus futuros companheiros e amigos e o “ar que roça a crueldade” é… Bom, foi apenas a minha perspectiva enevoada pela situação…

Depois do choque inicial, fiquei muito entusiasmado pelo Aikido. Eram projecções de meia-noite para um lado, chaves capazes de partir úmeros para outro, uma marcialidade digna de samurais, etiqueta japonesa, respeito pelos colegas e uma alegria contagiante entre todos. No fim da aula, o sensei Francisco Leotte, responsável pelo dojo e que viria a ser meu sensei, deu-me as boas vindas, falou-me um pouco de Aikido e convidou-me a participar na próxima aula. E lá fui eu, todo equipado e fanfarrão para ter a minha primeira aula, com ideia de que ia partir braços a tudo o que me aparecesse à frente (digamos que rapidamente percebi que o Aikido não é isso). Lembro-me que foi com o André (“o pobre rapaz”), que me impressionou bastante pela sua tenra idade, mas com um Aikido impressionante, e por isso se tornou imediatamente num “ídolo”, se assim se pode dizer. A aula consistiu, muito resumidamente, em conhecer um pouco a história do Aikido e aprender a adorar o chão, ou seja, aprender a cair (sempre difícil para um bípede…). Ao longo das aulas, o Aikido depressa se tornou altamente viciante.

Queda após queda, técnica após técnica, fui descobrindo o Aikido, mas uma coisa permanece igual, aula após aula: desde o momento em que o sensei inicia a aula com um marcialismo e etiqueta comparáveis a um samurai, o meu cérebro desliga-se de preocupações do dia-a-dia, permitindo que apenas sinta o Aikido, ou seja paz e felicidade. Fisiologicamente falando, fico inundado num caldo de endorfinas e catecolaminas opiáceas, caio numa cascata de sinapses e oxigeno até à célula mais remota do meu corpo.

Além disso, ganhei vários amigos, um espírito de família, de camaradagem e de alegria. Ganhei também um sensei que, para mim é mais do que um professor, é um tutor e um modelo a seguir.

O Aikido é o meu Santo Graal. Encontrei-o finalmente!

Dissertação da autoria do convidado Pedro Lopes


Nota do blogueiro:

O Pedro Lopes já escreveu este texto há algum tempo apesar de só agora o publicar. Faço, desde já, aqui o meu mea culpa.

O Pedrinho... O Pedrinho faz lembrar aquelas pérolas, aqueles diamantes em bruto saídos das escolas de futebol: com uma fisionomia quase nata para o Aikido (além de jovem é flexível, maleável, esguio quando necessário, muito redondo e por isso com um ukemi fluído), com muito talento e ainda por cima muita humildade e muito querer. Além disso, augura-se-lhe um futuro muito promissor. Mas tal como os jovens que saem das academias de futebol, está quase tudo do lado deles: a força de vontade, a persistência e sobretudo muito trabalho!

Para o bem e para o mal, o Pedro é daqueles uke (atacante) que nos fazem parecer que temos um Aikido melhor do que verdadeiramente temos. Se por vezes isso pode ser enganador quanto ao nosso nível técnico, também de vez em quando não há-de vir mal nenhum ao mundo por causa disso.

O Pedro é já cinto azul. Peca somente por a sua regularidade nem sempre ser a ideal numa arte que é tão difícil.

Estuda Biologia na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e tem como hobbie, além do Aikido, tocar guitarra.

Obrigado Pedro pelo teu belíssimo texto! Depois de o ler, não há outra hipótese senão ficar «inundado num caldo de endorfinas e catecolaminas opiáceas»... :)

sábado, 12 de março de 2011

Atenção: notícia do dia!




Não esquecer: dez minutos ao dia! Tudo pela nossa saúde.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Reminiscências de Snatch

Larga-me a labita



Google, primeiro obrigaste-me - sim, obrigaste-me... - a fazer merge da minha conta gmail com a minha conta YouTube. Isso mesmo. Sem eu querer. Eu não queria, 'tás a ver? Mas se não o fizesse, a minha conta YouTube não mais poderia ver vídeos. Olha que giro.

Agora, depois disso, vens-me dar um nudge* para eu criar conta numa coisa chamada Google Profile (ainda bem que este não foi obrigado, senão a gente ia ter que se chatear...)?

Mas achas que o Facebook e isso já não chegam?

Eh pá, ó Google, larga-me a labita!


*nudge - To push against gently, especially in order to gain attention or give a signal.

Bicharada


Bicho que sempre detestei do jogo Half-Life. Eu queria era matar homens. Isso sim!



Para mim há três tipos de bicharada. A bicharada que aparece em ambientes do nosso quotidiano, a bicharada que aparece em ambientes de ficção científica e finalmente a bicharada que aparece em ambientes do fantástico.

Gosto dos dois últimos tipos de bicharada. Detesto o primeiro.

Acabo de vir do Época das Bruxas, um filme normalíssimo passado no século XIV onde acontece que volta e meia aparece bicharada relativa ali à primeira categoria, ou seja, bicharada a surgir normalmente, como se nada fosse, no mundo que conhecemos.

A mim não faz espécie que um Rodian ou um Wookiee apareçam num universo como Guerra das Estrelas. Antes pelo contrário: faz sentido, mas é.

A mim não faz espécie que apareçam orcs, goblins ou qualquer outro tipo de bicharada no Senhor dos Anéis. Não. Faz sentido até. Ou melhor, se não aparecessem é que aquilo não faria qualquer sentido. Aquele universo é assim.

Agora, vampiros, zombies e bicharadas como parece que acontece n'O Ritual e como aparece neste Época das Bruxas (e foram espertinhos em esconder-mo no trailer), isso não.

Não contem comigo para esse peditório!

Nah...

quarta-feira, 9 de março de 2011

O que um dojo não deve ser



Felizmente esta situação diz mais respeito ali para os lados dos Estados Unidos do que propriamente para as nossas bandas. Acho eu.

segunda-feira, 7 de março de 2011

sábado, 5 de março de 2011

Post nº 200

quinta-feira, 3 de março de 2011

À descoberta do Aikido




Discovering Aikido: Principles for Practical Learning é o nome de um livro de Aikido recentemente disponível na íntegra na net pelo próprio autor, Rupert Atkinson.

Aparentemente, a editora decidiu descontinuar a sua publicação alegando motivos de recessão, vendas reduzidas, etc.

Sendo assim, só temos a agradecer ao autor a amabilidade de disponibilizar o seu livro online na íntegra!

No seu site, Atkinson em jeito de introdução ao livro diz: «para mim, o Aikido não é a via da Harmonia; é a via do Aiki. O meu objectivo no Aikido não é tornar-me num qualquer louco obcecado em defesa pessoal ou lutador de MMA (Mixed Martial Arts). Antes, o meu objectivo é ir à procura de e praticar aspectos que melhorem o meu aiki. Este é um ponto inicial importante e que define a forma como eu observo tudo e como tento fazer tudo.»

Mais uma aiki-leitura digna de ser feita e a acrescentar a outras, com certeza.