segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

You should go

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Não vai acabar, mas volta e meia, parece



Dizia eu a um amigo: «'tá uma humidade, put* que pariu.»

Responde-me ele: «humidade, nevoeiro, frio, sol; 2012 o mundo acaba, de certeza.»

O que eu me ri!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Como diz?



Foi com especial curiosidade e interesse que me desloquei até ao Museu do Oriente, em Lisboa, para assistir ao Teatro Noh, com a peça Samurai Cristão (português, oi?), Sorin Otomo, do Sakurama Kai Group, um grupo muito simpático capaz de estar em seiza cerca de uma hora sem qualquer aparente desconforto.

Qual não foi o meu espanto, a dita cerca de uma hora passou-se sem eu - e mais uns quantos, julgo - ter percebido, literalmente, porra nenhuma.

É isso, foi tudo em japonês; claro. Mas, aparentemente, os 20 euros cobrados não incluíam qualquer tipo de tradução (em inglês que fosse), e, pior ainda, não existe qualquer aviso nem no site e descrição da peça nem tão-pouco no acto da compra dos bilhetes.

Conclusão: fui eu, mais uns quantos (pois no elevador juntamente com outras pessoas apercebi-me que não era o único a estar na mesma posição de às aranhas), perfeitamente ao engano.

Sendo certo que era no Museu do Oriente, penso ainda estar em Portugal.

Ainda bem que quando lá dei com os meus colegas uma demonstração e workshop de Aikido não me dirigi às pessoas também em japonês ou qualquer outro idioma. Seria, no mínimo, escaganifobético (ai, estava sedento de escrever esta palavra. Foi hoje!).

Como nota positiva valeu pelo desembainhar do sabre, pelo lindíssimo guarda-roupa e até alguns cânticos.

Nem tudo foi perdido nos 60 minutos (e não 90 como vem na descrição) de peça.

Domo

sábado, 11 de dezembro de 2010

Por Hans Zimmer

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Harmonia no espaço, no tempo e no coração


O Último Samurai


«Imaginem três situações, todas elas numa paragem de autocarro: uma onde um indivíduo que se atrasou tem que correr, correr, correr para a paragem para conseguir apanhar o autocarro a tempo. Consegue, mas fartou-se de correr. A segunda, um outro indivíduo, chegou à mesma paragem com imensa antecedência. Depois de muito esperar, lá apanhou o autocarro. Mas pagou a factura da espera interminável. Finalmente, imaginem a terceira situação: um indivíduo, inclusivamente já com uma certa idade, sai de casa, caminha, caminha, caminha, ao seu ritmo, até alcançar a paragem e, no mesmo momento em que chega o autocarro o senhor entra na carruagem e segue o seu percurso. Não chegou nem atrasado nem teve de esperar. Não. Teve um ma-ai perfeito.»


Esta foi a melhor definição que já ouvi do conceito ma-ai, do ponto de vista da comunicação e percepção da mensagem. Um conceito muitas vezes referido na prática do Aikido.

Refere-se o ma-ai quando se quer falar da distância de segurança entre os dois praticantes que estão frente a frente. Se for demasiado longa, dificilmente conseguir-se-á executar uma qualquer técnica. Se for demasiado curta, podemos incorrer em riscos de segurança incalculáveis. Por isso por vezes se diz bom ma-ai! ou mau ma-ai!, estão demasiado próximos! E pronto; fica-se por aqui.

Mas não. O ma-ai é muito mais que isso. É também a distância de segurança ou distância harmónica não só no espaço, como também no tempo e até no coração.

Se no espaço acabo de dar um exemplo prático, quanto ao tempo ou à distância espácio-temporal, lá em cima está um excelente exemplo.

Mas como o sensei Tamura outrora disse, um grande Mestre de Aikido que nos deixou recentemente, o ma-ai também diz respeito ao coração. Não irei exemplificar. Deixo ao critério de cada um. Fica só a referência que o ma-ai também é coração e que também nele pode existir um bom ou mau ma-ai.

Quanto à citação livre que fiz no começo desta entrada, essa é do sensei António Vieira, cujos ensinamentos transmitidos recentemente num treino no qual estive presente ecoam sempre na minha cabeça com muita constância.

Por isso, e pela experiência partilhada, domo arigato sensei.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Uma piadola geek

sábado, 4 de dezembro de 2010

Aikido é Vida!


João Batalha na procura contínua



Dissertação da autoria do convidado João Batalha


Corria o ano de 1999, quando num ginásio da zona de Loures dei entrada pela primeira vez num local de treino (mais tarde soube que se chamava de dojo) de uma arte marcial que há muito admirava, mas que nunca tinha tido oportunidade de experimentar, vá-se lá saber porquê… coisas da vida. O Aikido.

Durante todos estes anos de prática, de quedas para lá e para cá, de tombos mais ou menos bem dados, de torções para a esquerda e para direita, ouvi muitas definições de AIKIDO:

“A via para a harmonização das energias” – a primeira definição que me foi apresentada pelo meu professor (e agora grande amigo) Fancisco Leotte, mas de repente questionei:
- Que é lá isso energias (isso é da EDP?), harmonização (então esta coisa não é para dar porrada nos outros?), a via? (isto lá é praticado numa estrada com várias vias?). Estes japoneses devem ser doidos…

“Aikido é Amor” – amor? Ainda pior!! Alguém sabe o que é isso? De amor? Agora vou ter uma namorada nova? (nota: e não é que fiquei com uma namorada nova.. e o melhor de tudo é que a minha mulher sabe e não refila... pouco lol).

“Aikido é Paz” – paz?? Então não andamos todos a dar cacetadas uns aos outros? A sermos projectados vezes sem conta, e ainda por cima levantamo-nos de seguida e dizemos… boa, muito bom, fizeste muito bem essa técnica… Irra, devemos ser doidos…

E por fim a minha opinião que foi sendo construída ao longo destes anos de prática e convivência com os meus colegas e agora Grandes Amigos como é o caso deste rapazito que produz este blogue.. o André.

“Aikido é...”, pois...  no fim de contas ainda não sei o que é.
 Uma coisa é certa e posso assegurar, mudou por completo a minha vida, a minha maneira de ver o mundo, a minha maneira de ser ao longo dos meus 30 e poucos anos de idade, deste modo o Aikido é:

- Uma constante mudança, e como a mudança é a maior constante da vida, o Aikido é VIDA!!

Aikido é Vida... e vida é Aikido!

Dissertação da autoria do convidado João Batalha


Nota do blogueiro:

O Batalha é um granda maluco e um bom rapaz. É casado, com dois filhos, sendo que um deles é jogador da bola. Ouvi dizer que é já quarentão. Não sei se é verdade, mas... de espírito não é de certeza. O que só lhe fica bem.

2º dan de Aikido, pratica desde 1999 e já dá aulas em Loures, no seu dojo no Ginásio Equilíbrio, há alguns anitos numa classe muito simpática. Para além do Aikido diz que ele e a informática andam de braço dado e diz que é um excelente massagista. Eu, no pouco contacto que tive com ele nessa matéria, sim, confirmo que é efectivamente um excelente massagista ou, se quiserem, um excelente relaxador.

Conhece-me desde pequenino, e desde então que me lembro de ver o João sempre em busca do que é verdadeiramente o Aikido. Como se vê, volvidos mais de dez anos ainda anda ele à procura. É bom sinal!

O que eu gosto no João é que é um pensador nato, no sentido em que não segue a carneirada só porque sim. Reflecte, analisa conforme os seus padrões e depois age em conformidade com os seus princípios. Isso é muito claro para mim, e é de louvar essa maneira de ser do João. De louvar também a sua imensa ajuda e participação na e com a direcção da ACPA desde o seu começo, em 2005.

Daqui vai um grande abraço para ti João, do teu amigo André. Obrigado por teres participado. :)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A chávena de café





Bebo café com a mão esquerda.

Porquê?

Porque toda a gente bebe com a mão direita? Não.

Bebo café pegando na pega da chávena com a mão esquerda pois como toda a gente sabe que por toda a gente beber café com a mão direita, toca tudo a ir beber com a mão esquerda, acabam por beber com a mão direita. E pensam: ah, ah! Já vos tramei!

Ora, então eu bebo com a mão esquerda pois como sei que toda a gente por saber que toda a gente vai fazê-lo acaba por beber com a mão direita, eu, por saber exactamente isso também, então bebo com a mão esquerda! Ah, ah! Já vos tramei!

Confusos? Também eu sim.

Faz lembrar aquela congressista, num qualquer Congresso de um partido político cá do burgo, que volta e meia disse: eu sei que o senhor sabe que eu sei que sabe que eu sei que o senhor sabe que sabe!

Bravo!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ernâni Rodrigues Lopes




Partiu Ernâni Rodrigues Lopes.

Portugal (para não me esticar mais) ficou intelectualmente (no mínimo) mais pobre.

Thanks F.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Crianças pequenas




Duas crianças pequenas.

A saber: FC Porto e SL Benfica.
O primeiro apetece-lhe recordar episódios como, e transcrevo:

1 – Agressão à estalada a um amigo do guarda-redes Moretto em pleno Aeroporto de Lisboa;

2 – Agressões a um cidadão junto à Caixa Geral de Depósitos de Telheiras, na sequência de um estacionamento indevido;

3 – Desrespeito pelo trabalho de um jornalista e agressão a um repórter de imagem da RTP à saída de uma reunião com Hermínio Loureiro. Os relatos dizem ainda que um dos intervenientes pegou no microfone da estação e o atirou ao chão;

4 – Agressão a pontapé ao Team Manager do FC Porto, verificada em plena área técnica do Estádio da Luz e que, apesar do esforço de um dirigente para, previamente, desviar o foco das imagens, ficou inequivocamente registada;

5 – Invasão de um estúdio da SIC no decorrer de um programa em direto.

Vai daí, o SL Benfica responde qualquer coisa como, e transcrevo:

Co Adriaanse
Luís Fabiano
Derlei
Paulo Assunção
Adriano
Rodriguez
Costinha
Raul Meireles
Matt Fish (basquetebolista)
Paulo Martins (RTP)
Pedro Figueiredo (RTP)
João Pedro Silva (RTP)
Marinho Neves (jornalista)
Fotógrafo do JN atropelado à saída do tribunal.

E mais um sem número de pessoas que optaram pelo silêncio!

A todos a nossa solidariedade!

E eu penso para comigo: porra, que são mesmo criançolas. Ou ainda: porra, parece eu com os meus amigos, em amena cavaqueira sobre futebol, no café, na brejeirice.

Nada mais me ocorre, assim muito de repente.

Links de interesse: aqui e aqui.