terça-feira, 30 de novembro de 2010

Disse Morihei Ueshiba, fundador do Aikido





As técnicas do caminho da paz mudam constantemente. Cada encontro é único e a resposta apropriada deve nascer naturalmente.
As técnicas de hoje devem ser diferentes das de amanhã. Não te deixes apanhar pela forma e aparência de um desafio. A arte da paz não tem forma - é o estudo do espírito.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Finalmente!




O Rodrigo Batalha está finalmente inscrito na FPF pelo Casa Pia, soube ontem pelo seu pai.

Muito feliz me deixou sabendo que o enguiço foi completamente ultrapassado, tendo o Rodrigo inclusive já jogado frente ao Montijo e, na próxima quarta-feira, jogará frente ao Vitória de Setúbal no campo de Pina Manique. Não deve ser pêra doce.

Excelentes notícias, fresquinhas e que deixam um bem-estar no ar.

Parabéns aos Batalha e muitas felicidades!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Qualidade literária

José Couto Nogueira, escritor, jornalista, tradutor e autor/apresentador televisivo, afirmou que o texto que se segue tem «qualidade literária».

E se ele o disse, é porque a tem.

Mas o texto não é meu; é de uma amiga que me obsequiou a sua publicação em primeira mão e em absoluto exclusivo.

Ora vejamos:



A noiva judia, Pedro Paixão


Ler A noiva judia, de Pedro Paixão, é aceitar viajar num mundo de histórias sem saber o destino. Porque juntos, leitor e escritor, entrelaçam-se em mundos interiores, em vidas que não se cruzam por acaso, tocando-se mutuamente em cada linha, em cada letra, uma atrás da outra. É como se cada frase dependesse da seguinte para existir. Como se cada uma tivesse uma cadência própria que lhe garante o ritmo e a combinação melódica das palavras que um dia todos dissemos em silêncio.

Vinte e seis histórias onde o amor se atravessa em cada esquina do coração e se espelha em cada passado e futuro, porque no presente nada cabe e tudo muda.

Há viagens de todos os tipos em Paixão. Aquela em que vamos sozinhos, aquela em que conhecemos alguém, e aquela em que não sabemos regressar porque esquecemos o caminho de volta. Ficamos ali, apenas, à espera que as mesmas palavras onde nos perdemos nos devolvam o norte. E viramos a página à procura da saída.

É por isso que ler A noiva judia, a primeira grande aventura de Pedro Paixão nas letras, tem tanto de inquietante como de tranquilizador. Como se tudo o que há para contar se alimentasse de uma oscilação literária permanente, de um duelo interminável entre alma cheia e vazia no corpo do escritor. Como se estivéssemos numa arena. E como se daqui nascesse no leitor uma sede da sua escrita.

O tempo escorrega inevitavelmente nos ponteiros das vidas dos personagens que habitam os contos deste livro, mais ou menos pequenos, mais ou menos reais, porque mais ou menos parecidos com a memória íntima de quem os lê.

No fundo, um autor que sabe fazer amor com as palavras como poucos outros, mesmo que as palavras não cheguem para contar o mundo: assim é Pedro Paixão.

CC, 16/11/2010



Por acaso, concordo que tenha qualidade literária. E vós? ;)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

(ex-)Futebolista diferente de comunicador



Vi, a espaços - como se diz na gíria do futebol -, o jogo do Sporting frente ao Paços de Ferreira na SportTV.

O comentador de serviço era Nélson, antigo guardião do Sporting.

Fraquinho, muito fraquinho.

A SportTV detém (quase) todo o monopólio de conteúdos no que a futebol diz respeito (e já agora, não só); já em matéria de profissionais de comunicação a coisa não anda tão afinada.

Para além de Nélson, estou assim de repente a lembrar-me de Hélder, também, ex-jogador do Benfica.

Com o maior respeito que tenho por ambos os internacionais portugueses, a verdade é que os seus comentários são medíocres, roçando a banalidade de meras constatações. Não tenho aqui exemplos à mão pois poupei-me a esse trabalho.

Podem ter estado muito tempo no terreno. Ter feito muitos cortes. Muitos remates. Muitos sprints. Muitas defesas. Vitórias e derrotas. Conquistas e tristezas. São homens do futebol, que não haja dúvidas.

Mas uma coisa é ouvir estes senhores a falar, exprimir-se, comunicar, transmitir, raciocinar e discorrer, até; outra, é ouvir um António Tadeia, Freitas Lobo ou Carlos Daniel (nomes que me vêm ao acaso à cabeça).

Na SportTV, até o jornalista que relata o jogo entende e transmite melhor o que acontece no campo do que estes (e outros) comentadores.

Era interessante que a SportTV corrigisse este aspecto.

É que ao ver as partidas, até destoa a coisa.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Imperdível

Isto, isto e isto.

Kendoshortfilm.com

Coisas de outros tempos

I take it you already know
Of tough and bough and cough and dough?
Others may stumble, but not you,
On hiccough, thorough, lough and through?
Well done! And now you wish, perhaps,
To learn of less familiar traps?
Beware of heard, a dreadful word
That looks like beard and sounds like bird,
And dead: it's said like bed, not bead -
For goodness sake don't call it deed!
Watch out for meat and great and threat
(They rhyme with suite and straight and debt).

A moth is not a moth in mother,
Nor both in bother, broth in brother,
And here is not a match for there
Nor dear and fear for bear and pear,
And then there's dose and rose and lose -
Just look them up - and goose and choose,
And cork and work and card and ward,
And font and front and word and sword,
And do and go and thwart and cart -
Come, come, I've hardly made a start!
A dreadful language? Man alive!
I'd mastered it when I was five!

Anonymous, 1965

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Chuteiras penduradas


Rodrigo Batalha à direita na imagem


Há clubes de menor nomeada que por tricas alheias aos jovens jogadores usam-nos como arma de arremesso nas suas quezílias.

É o que jovens jogadores e seus pais vieram denunciar via jornal Record numa reportagem de duas páginas.

Reza a história que o jogador Diogo Martins de 16 anos, atleta do CAC (Clube Atlético e Cultural, da Pontinha), depois de ter a hipótese de ir jogar para o Casa Pia, não é libertado pelo primeiro clube sem antes receber mil euros em troca. Ora, como o Casa Pia e o CAC têm umas quaisquer divergências, um não liberta o jogador sem receber o pingo e o outro não está disposto a largar a nota. É que, e cito livremente, «há clubes com que nos damos bem, há outros que não... portanto uns pagam, outros não», sublinha Vítor Cacito, Presidente do CAC.

Como entre clubes não havia consenso, lá teve de ser o pai do Diogo Martins a desembolsar 700 e tal euros (conseguiu baixar ligeiramente a verba, entretanto).

O Presidente do CAC alega que é para compensar as despesas que tem com estes jogadores, referindo nomeadamente o pagamento de água e luz, o que é engraçado. Já o pai do jogador deve-se ter rido desalmadamente e responde que às vezes os próprios pais é que tinham de levar os jogadores aos campos do adversário nas suas viaturas particulares, por exemplo.

Até aqui tudo bem, mas o grande problema que se coloca é que há pais que obviamente não têm disponibilidade financeira para andar a brincar às transferências como se estivessem a jogar Football Manager e, por outro lado, o facto do não ata nem desata fazer com que estes jovens jogadores fiquem meses a treinar nos seus novos clubes mas sem depois poder competir ao fim-de-semana.

Trago isto à baila pois dos três jogadores referidos nesta reportagem um deles conheço pessoalmente. O Rodrigo Batalha, filho de um bom colega e amigo meu do Aikido.

O Rodrigo está numa situação em tudo semelhante ao do jovem Diogo Martins, mas preso ao GS Loures. Também com uma verba a pagar de mil euros.

«O que me apetece dizer sobre a situação é que é indigno. Nós gostamos de jogar futebol e lutamos por aquilo que queremos. A situação podia resolver-se de uma forma simples mas não se resolve», diz Rodrigo ao Record, médio/extremo de 16 anos.

Já o Batalha pai, ao pé-de-atleta, diz que o seu sentimento é de «revolta e pasmo». Primeiro, porque o João Batalha foi inclusive preparador físico do clube. Depois, porque quer pai (no apoio ao clube em matéria de medicamentos e material de enfermagem uma vez que era tudo canalizado para os séniores, entre outros) quer filho (um extremo que nas duas últimas épocas foi o melhor marcador da equipa no seu escalão e considerado um dos melhores jogadores de todos os escalões) muito deram ao clube. Ter agora, como retorno, zero, é o que desgosta a família Batalha: «depois de ter dado tudo ao clube, depois de muitas vezes levar os atletas no meu próprio carro para as deslocações fora de casa, depois do material que levei para a enfermagem, depois de ter lá estado um ano a dar no duro para ajudar os miúdos e consequentemente o clube, não têm a sensatez de dizer: bom, ele até ajudou o clube, vamos ajudar o Rodrigo e deixá-lo sair sem compensação alguma, para ele poder evoluir como jogador e pessoa. Nada! Nem um pingo de sensibilidade com a situação», remata o Batalha pai.

A falta de sensibilidade é tão notória que, na última reunião que Batalha teve com a direcção do clube perguntaram-lhe se «podia ajudar o clube este ano outra vez como preparador físico. É óbvio que perante isto, o meu sentimento é de revolta e pasmo», conclui.

Até no Casa Pia Rodrigo tem mais tempo para os estudos, uma vez que os treinos no clube terminam mais cedo do que acontecia no GS Loures. Mas quero acreditar que será só mais um obstáculo - ultrapassável - na carreira do Rodrigo. Até porque coisa que nunca deixou para trás foram os estudos. Portanto quanto a isso, pessoalmente, estou tranquilo.

O João Batalha brevemente irá mandar aqui no meu espaço umas larachas sobre Aikido. Stay tuned, como diz o outro.


Nota: reportagem Record da edição de 13 de Novembro, passado Sábado, pelo jornalista Miguel Amaro.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

You're so fucking special



Uma das coisas que me ficaram atravessadas no filme A Rede Social foi justamente a sua banda sonora. Excelente. E a encaixar per-fei-ta-men-te na obra.

Ora cá segue um exemplar.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Uau

sábado, 13 de novembro de 2010

A minha Via!


Eugénio a massacrar o André



Dissertação da autoria do convidado Evgeniy Domin (Eugénio)
 

Bem, aqui o André pediu-me para escrever um texto sobre o aikido.

Como o nosso amigo Alexandre já explicou o que é o aikido, acho que não faz muito sentido estar a repetir-me.
Posso dizer que partilho o mesmo sentimento em relação ao aikido e como as alterações que as horas que temos no "tapete" nos influenciam.

O que poderia mais ser dito? Sinceramente não sei, portanto vou contar a minha caminhada no mundo das artes marciais no geral, e no aikido em particular.

A primeira vez que vesti um kimono (ainda na Ucrânia) tinha 6, 7 anos. Treinei karate uns anos até sair do país e, segundo me diziam, tinha jeito para a coisa. Chegando a Portugal estive uns anos parado até que apareceu a oportunidade de voltar a treinar karate, outro estilo, mas lá no fundo para um puto daquela idade pouca diferença fazia. Lá fui, todo contente, e algum tempo depois fiz exame para cinto amarelo. Pouco tempo depois o clube onde eu treinava fechou.

Chateado com a situação decidi começar a frequentar um ginásio. Os meus pais levaram-me então ao ginásio onde treino e dou treinos até hoje e, ao ver as modalidades existentes, o meu pai sem hesitar disse que eu ia fazer aikido, porque um dia ele tinha visto um vídeo do O'Sensei e tinha achado aquilo formidável.
Seguidamente os meus pais levaram-me lá para falar com o professor, apanhámos o fim do treino e estive todo entusiasmado a ver o pessoal a fazer umas projecções e quedas que me despertaram grande interesse na coisa.

Depois de conversar com o Nelson (o meu sensei desde sempre e Presidente da ACPA), que ficou um pouco surpreso por ter que lidar com um miúdo de 12 ou 13 anos, comecei a treinar.

Após os primeiros meses a aprender a parte chata, e para a qual eu não tinha jeito nenhum (quedas), comecei a gostar do que fazia e a perceber que estava a conhecer uma nova família, primeiro no dojo, e com tempo na Federação graças aos estágios e encontros.
Posso dizer que passados 2 ou 3 anos de treino já não me imaginava sem levar com as bocas dos meus colegas que conseguiam fazer com que eu saísse do treino sempre bem-disposto, independentemente do estado de espírito com que subia para o tapete, era o tal reset que o Alexandre referia.

O treino foi trazendo momentos felizes e menos felizes pois quando se superava algum erro aparecia sempre outro, e outro, isso chateava-me pois eu não conseguia perceber porque é que não se conseguia aprender tudo de uma vez, (acho que numa altura do treino todos os praticantes sentiram o mesmo). Essa frustração foi desaparecendo com o tempo visto que comecei a perceber que o que se passava comigo era normal.

Chegou ao dia em que tinha a hipótese de realizar um dos sonhos de criança. Chegou o dia do exame de cinto negro, o dia pelo qual eu esperava com grande ansiedade. Correu normalmente mas será um momento que nunca esquecerei, ate porque o júri constituído pelos senseis que me foram instruindo nos estágios, durante o anúncio das graduações perderam o meu nome, sinceramente, no momento em que eu esperava ouvir o meu nome e ouvi o nome dum colega meu. Caiu-me tudo.
Pois não senti que tinha feito exame para não passar logo ali naquele momento sem ter que repetir alguma coisa. Mas pronto lá se resolveu e no fim de tudo fui o mais aplaudido. :)

E pronto cá andamos, ainda hoje, a tentar ultrapassar os erros que ainda sobram…


Dissertação da autoria do convidado Evgeniy Domin (Eugénio) 


Nota do blogueiro:

O Eugénio é ucraniano mas está em Portugal desde pequenino. Por isso, é quase mais português do que propriamente ucraniano. Pouco mais novo que eu, está no 3º ano de Engenharia de Electrónica e Telecomunicações e de Computadores (que nome) no ISEL. Portanto, será certamente um Sinhor Inginheiro do mais alto gabarito.

Com a graduação de 1º Dan, já há algum tempo que dá aulas de Aikido no Ginásio Corpos - 7 casas, em Loures, como assistente e aluno mais graduado do seu sensei Nelson.

O Eugénio e eu, não só pela idade próxima que temos como também pela convergência de ideias sobre a arte, somos bons amigos de tapete e partilhamos um gosto imenso não só em treinar juntos como divagar em longas conversas sobre Aikido e sobre a vida.

Um bom companheiro o Eugénio. Tem sido, sempre.

Obrigado, meu amigo, por teres participado no meu singelo blogue.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Delito delatável

Pedro Correia fez o obséquio de linkar o meu blogue no seu blogue, o Delito de Opinião.

Escusado será dizer que o Delito é nada mais nada menos que um dos blogues de referência da nossa blogosfera.

Sendo certo que limitei-me, eu próprio, a linkar para o seu blogue, a verdade é que o inverso não tinha de todo que verificar-se.

Mas verificou-se. E por isso, obrigado Pedro e obrigado Delito de Opinião.

Visitem; vale a pena.

Em modo teenager

  
Rita Redshoes no Hard Club
 

Coisa que nunca tive foi pancadas por músicos ou similares. Nem cartazes no quarto ou histerias patéticas por este ou aquele artista. Nada. Aliás, música comercial nem foi sequer nunca o meu forte, passe o elitismo encapotado.

Mas esta miúda; esta miúda anda a tirar-me do sério. Ó para isto. Meter fotos dela no meu blogue pessoal e tudo? É, aliás, bem pior do que ter um qualquer poster dela no meu quarto.

Começo a ficar preocupado. E sobretudo, com vergonha.

Agora depois de teenager é que me deu para isto? Ai, jesus.

Nota: Foto roubadíssima do seu Facebook. Um obrigado especial ao Mark Zuckerberg por me proporcionar momentos como este.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

So Flute

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Joju



Certa vez, Joju perguntou ao mestre Nam Cheon:

- Qual é o verdadeiro caminho?

Nam Cheon respondeu: - A mente quotidiana é o verdadeiro caminho.

- Então devo tentar mantê-la ou não?

Nam Cheon disse: - Se a tentares manter, já estás enganado.

- Se não a tentar manter, como poderei compreender o caminho verdadeiro?

Nam Cheon respondeu:

- O verdadeiro caminho não depende de compreender ou não compreender. Compreender é ilusão; não compreender é confusão. Se alcançares na perfeição o verdadeiro caminho do não pensamento, será como o espaço, límpido e vazio. Então porquê distinguir certo e errado?

Joju escutou e obteve iluminação.

O que alcançou Joju?

domingo, 7 de novembro de 2010

Sondagem

Ali, do lado direito, há agora uma votaçãozita.

Não me parece muito pertinente, por acaso; e até parece haver uma votação que é a mais óbvia, apesar de não haver respostas certas ou erradas.

Mas, enfim, fica à experiência!

Just do it



O mote da nike é sobejamente conhecido. Just do it.

De vez em quando lá faço referência a isso mesmo nas minhas aulas. O just do it.

Quando me perguntam «está bem?», «estou a fazer bem?» a minha resposta é sincera: «bom, está bem, mas não tão bem como estará amanhã. Just do it!».

O perguntar se se está a fazer bem é uma chamada de atenção para saber se nos encontramos na estrada certa ou não. Mas o papel de um sensei é, naturalmente, certificar-se que os seus alunos se encontram de facto nessa estrada. Numa estrada que os leve em direcção ao cume de uma montanha. Numa estrada, digo, pois há várias. Mas uma, chega.

Por isso, confesso, quando digo just do it, o que eu quero mesmo dizer é não te rales, homem, deixa a parte de ver se estás no caminho certo ou não para mim e desfruta do treino.

O papel do praticante é, por isso, percorrer o caminho. E desfrutar.

Quando tropeçar numa qualquer pedra, não faz mal: estarei lá para ampará-lo, espero.

Por isso, just do it.

Pode ser que amanhã atinjas o cume. Para já, continua a caminhar, que também eu continuo a percorrer o meu caminho, o meu do.

sábado, 6 de novembro de 2010

"Like"



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Favicon

É. Este blogue agora também tem um favicon. Pretende ser um cogumelo, ou um fungo. Aquilo que é o pé-de-atleta, no fundo.

Coisas chiques... ou geeks.

Obrigado F. (pelos teus google skills).

:)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O 12º Trabalho


Dissertação da autoria do convidado
Paulo Reis Costa



A minha consciência diz-me que tenho mesmo de vos mencionar que sou um enviado do Olimpo em busca da glória ao cabo do meu 12º Trabalho – “Harmonizar todas as energias do Universo”. Só depois de concluir esta tarefa dantesca é que obtenho um lugar cativo “inter pares” no Olimpo.

O meu verdadeiro nome é Alfa Zema e sou filho da deusa Nike (deusa grega da Vitória) e do deus Dionísio (Baco para os Romanos e para os amigos). Nasci de parto natural, porque Július Caius Caesar ainda não tinha nascido e como tal todos os partos até essa altura eram… normais.

Outrora conhecido em perigos e guerras esforçados por Erminio O Libertador da Germânia, por Gengis Khan - grande estratega mongol que dominou praticamente toda a Ásia, também por George Smith Patton, comandante do 3º Exército dos EUA na Operação Cobra… entre outros… e só uma vez por “Belle Dominique”, mas isso porque perdi uma aposta e… isso agora não interessa para nada.

Voltando ao meu 12º Trabalho … Foi-me indicado que existia entre os mortais uma arte marcial a que chamam de AIKIDO e que o seu último intento é harmonizar a energia universal. Óptimo, era isto mesmo que eu procurava!!!

Todavia as coisas não são bem assim… senão vejamos…

1ª Aula


Desconfiei que a coisa não ia correr lá muito bem porque ao entrar no Dojo dei de caras com pessoal com trajes um pouco estranhos. Pensei "Bom! A partir de agora, todo o cuidado é pouco...", mal sabia eu...

À hora marcada lá apareceu ele - o grande Sensei. Sorridente e confiante.

Depois da troca de cumprimentos e da conversa de circunstância começámos as saudações seguidas por um aquecimento com uns exercícios que, a julgar pela cara do restante pessoal, eram de um gosto algo duvidoso. Anquinhas para um dos lados, bracinhos para o outro, mas do mal o menos. Pensei para comigo, isto não pode piorar. Diz-me o Sensei "Ai não pode?". Até me arrepiei todo, mas o Sensei também lê os pensamentos? Pediu-nos então que executássemos algumas sequências de esquiva em velocidade. Como é meu apanágio, dei o meu melhor. O Sensei pestanejou duas vezes e perguntou se não havia por ali nenhuma faca. Mau! Mas será que a minha técnica é assim tão ruim que ele prefere suicidar-se a corrigir-me? "Calma Sensei!!!", disse-lhe eu, "Eu consigo fazer melhor... dê-me mais uma oportunidade...". Um pouco mais adiante no treino e perante a ineficácia das minhas esquivas, o Sensei, bondosamente, resolve exemplificar qual a diferença entre uma técnica feita por mim (ou uma batata) e uma técnica executada por um perfeccionista da matéria… enfim… e assim acabou a aula com um estranho dizer “Ali Gato Goza Aí Mais Tarde!!!” - Hummm !!! Das duas uma, ou é um código qualquer para combinar um jantar para mais tarde… ou é alguém que me quer fazer a folha depois da aula.

Estágio


Dias depois… Tive a oportunidade de estar presente naquilo a que os mortais chamam de “estágio”, desta feita, com um Sensei que vinha lá da terra da Flandern

Da Flandern ou não, Sensei que é Sensei, tem a obrigação de prestar atenção a todos os seus alunos e, assim sendo, ele decidiu que um tal de chosen também tinha direito à vida (ou seria à dor?) e chamou-o para exemplificar umas técnicas.
Nunca tinha visto uma pessoa mexer-se e remexer-se tanto. Ele era "técnicas" nas costelas flutuantes, eram "chaves" aos pulsos, eram "toques" nos tendõezinhos mais tenrinhos que o corpo tem. Foi uma maravilha. Quem reparasse atentamente na cara do chosen podia aperceber-se do quão gratificante a experiência estava a ser.
Ele era chosen para a esquerda, chosen para a direita, chosen para cima, chosen para baixo... como dizia aquele anúncio da água "...tudo com chosen.. chosen com tudo..."

Foi então que uma mão se pousa no meu ombro e uma voz de um outro sábio Sensei me diz “Meu rapaz, AIKIDO é Amor, não duvides!!!” … Eu acenei com a cabeça e disse “Sim! Sim! Sensei… AIKIDO é Amor”… Livra… Pensando eu que me estava a livrar de uma demonstração de afecto… só que à estranha voz de coque iôô o sábio Sensei senta-se à minha frente… pronto, lá vou eu enfardar, pensei … Mas não, gentilmente o Sensei começa por explicar-me o que é o KOKYU HO… “Pensa que estás a agarrar numa caneca de cerveja com as duas mãos… “
Boa! haja alguém que fala a minha linguagem.
“…e que queres levá-la à boca … depois apontas os teus indicadores às axilas do teu oponente…” Espera lá… o meu pai faz isto com uma caneca de verdade e ao fim de 8 rodadas cai sozinho!!! Hummm… Penso que estou no caminho certo…

Apraz-me dizer que quando for um grande mestre hei-de seguir estes ensinamentos.



Dissertação da autoria do convidado
Paulo Reis Costa


Nota do blogueiro:

O Costa, como é carinhosamente tratado pelos seus companheiros de treino, segundo julgo saber. O Paulo não pratica há muito tempo. Pouco mais de um ano, penso. Mas lembro-me perfeitamente da primeira vez que treinei com ele. Foi no Clube Desportivo Pinhalnovense, em Pinhal Novo, pois claro.

Apesar de ainda novato na coisa, na retina ficou-me o seu genuíno entusiasmo e sede em aprender mais. Mas não de uma forma desmesurada, como facilmente muitas vezes se cai nesse erro. Não. A sede de aprender é muita, mas tem a tranquilidade de saber que é necessário dar um passo de cada vez e de que nada serve meter a carroça à frente dos bois.

Parecendo que não... é uma característica essencial para que um dia mais tarde, quiçá, o Paulo possa vir a ser um grande mestre, efectivamente. Se nunca desistir, eu cá não tenho a menor dúvida.

Obrigado Paulo, pelo divertidíssimo texto. Mesmo! :)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Obrigado Kustov!

Pelo lindo banner que me ofereceste.

Obrigado, sobretudo, pela paciência.

A ti to devo.

Não se esqueçam, já agora, de dar uma vista d'olhos no site criado pelo Kustov.

O Guitar Vs Godzilla.

Quando, oh, quando é que este gajo volta para nos salvar?



Publico isto ao som, naturalmente, d'A marcha dos golpes...