domingo, 31 de outubro de 2010
sábado, 30 de outubro de 2010
Às 23h19
Recebo no telemóvel (via Vodafone/Público):
- Eduardo Catroga e Teixeira dos Santos assinaram ontem às 23h19 o acordo que permitirá viabilizar o OE 2011.
Não, não. Está tudo parvo? Foi às 23h19. Não foi às 23h18 nem tão-pouco às 23h20.
Então? Mas andamos a brincar, ou quê? Vamos lá fazer bom jornalismo pondo os pontos nos ii.
Mau...
Rigor, isenção e objectividade. Sempre! Semper fi! Já diziam os marines.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
I have a dream...
"Há momentos em que sente que escreveu exactamente aquilo que queria escrever?
São aqueles em que sentimos "é isto". Os bons momentos parece que nos são oferecidos, que não nos pertencem. Nunca releio os meus livros. É um paradoxo, porque escrevemos os livros que gostávamos de ler e depois não os lemos. E, se leio, começo logo com vontade de corrigir aquela porcaria toda."
António Lobo Antunes, à Revista Única do Expresso.
Tenho o sonho de um dia escrever um livro.
Por curiosidade fui verificar: o génio Lobo Antunes escreveu a sua primeira obra aos 37 anos de idade.
Depois, pensei para comigo: foda-se.
São aqueles em que sentimos "é isto". Os bons momentos parece que nos são oferecidos, que não nos pertencem. Nunca releio os meus livros. É um paradoxo, porque escrevemos os livros que gostávamos de ler e depois não os lemos. E, se leio, começo logo com vontade de corrigir aquela porcaria toda."
António Lobo Antunes, à Revista Única do Expresso.
Tenho o sonho de um dia escrever um livro.
Por curiosidade fui verificar: o génio Lobo Antunes escreveu a sua primeira obra aos 37 anos de idade.
Depois, pensei para comigo: foda-se.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Diagnóstico? Sim. Solução? Não.
O diagnóstico da economia portuguesa está traçado. Milhões e milhões de dívidas, vai-nos contando Medina Carreira agora todas as semanas não obstante Portugal não estar propriamente tão mal na fotografia quanto se faz transparecer quando comparado com outros parceiros europeus.
No outro dia, tomei igualmente conhecimento do diagnóstico traçado por Daniel Bessa e João César das Neves.
Até aqui, tudo bem também. Tudo claro. Tudo cristalino. Três diagnósticos na mouche.
Mas cascar no ferido Portugal - sofrendo da actual conjuntura mas também, como não podia deixar de ser, de devaneios de políticos, politiqueiros e politiquices, com certeza - começa a ser já tradicional. É fácil: o diagnóstico está mais do que traçado. Os números estão aí, os gráficos também. Tal como disse Guterres: é fazer as contas...
É que cascar no ferido Portugal, quanto a mim, nenhum mal advém daí.
O problema está quando - depois do diagnóstico - as soluções são só superfluamente afloradas.
Pouco mais se avista senão a constatação de factos contribuindo pouco ou nada na busca de novas soluções, de novos medicamentos, de novas receitas.
O diagnóstico está feito. Falta o resto; tudo o resto.
sábado, 23 de outubro de 2010
Estás enquadrado, normalizado, encaixado, limitado e tens uma porra de um orgulho nisso
Por Marisa, aqui
"Tens emprego, um tecto a que podes chamar teu desde que não te distraias com nenhum mês de renda, um portátil e um carro aceitável, reuniões durante a semana, saídas ao fim-de-semana, tão injusta esta proporção, e tiras férias em Agosto e passas o Natal com os teus pais em Dezembro. Tens uma vida normal e és tão orgulhoso nisso. Estás enquadrado, normalizado, encaixado, limitado e tens uma porra de um orgulho nisso. Viva para ti que ainda tinhas um lugarzinho à tua espera no rebanho da igualdade, fraternidade e perfeição (a liberdade é só uma maluca, como diz o Palma, não ligues ao que te grita) e conquistaste-o por mérito próprio, seguidor perfeito de doutrinas e outras religiões.
Tens pressa. Estás sempre cheio de pressa (mas para chegar aonde?). Tens sempre que ir a algum lado (aonde vai afinal toda a gente quando diz que tem de ir?). Corres muito. Corres demais. Não corras tanto, tens pressa para quê? Deixaste de ter sonhos. Em vez disso tens a cabeça entupida de projectos – para o trabalho, para um texto, para as férias e para a vida em geral. Sabias que é cientificamente provado que a maioria dos projectos falha? Ainda assim, planeias demais e preocupas-te demais. Respondes com “vai-se andando” e com “é a vida” à quietude dos dias que se consomem lentos. Jogas no Euromilhões religiosamente todas as semanas, confiante que bastaria isso. Estás submerso em frases feitas, ideias feitas, histórias que te fazem. E não questionas. Estás a todo o momento a provar(-te) e nunca basta. Fear me or revere me but please think I’m special.
O inesperado passou a ser um obstáculo à certeza que tu gostas de ter e o imprevisível é só quando sais a horas do trabalho. Viste aquele cartaz da Sumol sobre o ser original e tentaste convencer-te que aquilo é para quem não cresceu e ainda não conhece nada do mundo. Mas há dias em que te olhas no espelho e acreditas que podes recomeçar de novo. Once upon a time. Tem a coragem de acreditar. Ousa fazê-lo. Segura-te ao que puderes, não os oiças, eles não sabem nada de ti e tu não sabes nada deles. Deixa que te estranhem, que questionem, que suspeitem e, mesmo tentando, não compreendam. Ainda vais a tempo de te tornar em quem és. Irrepetível. Vive sem rede, vive em directo. Unplugged. No final, não há esse tempo que te escapa em correria. No final, és só tu contigo. Por isso vai ver-te ao espelho. E não regresses."
"Tens emprego, um tecto a que podes chamar teu desde que não te distraias com nenhum mês de renda, um portátil e um carro aceitável, reuniões durante a semana, saídas ao fim-de-semana, tão injusta esta proporção, e tiras férias em Agosto e passas o Natal com os teus pais em Dezembro. Tens uma vida normal e és tão orgulhoso nisso. Estás enquadrado, normalizado, encaixado, limitado e tens uma porra de um orgulho nisso. Viva para ti que ainda tinhas um lugarzinho à tua espera no rebanho da igualdade, fraternidade e perfeição (a liberdade é só uma maluca, como diz o Palma, não ligues ao que te grita) e conquistaste-o por mérito próprio, seguidor perfeito de doutrinas e outras religiões.
Tens pressa. Estás sempre cheio de pressa (mas para chegar aonde?). Tens sempre que ir a algum lado (aonde vai afinal toda a gente quando diz que tem de ir?). Corres muito. Corres demais. Não corras tanto, tens pressa para quê? Deixaste de ter sonhos. Em vez disso tens a cabeça entupida de projectos – para o trabalho, para um texto, para as férias e para a vida em geral. Sabias que é cientificamente provado que a maioria dos projectos falha? Ainda assim, planeias demais e preocupas-te demais. Respondes com “vai-se andando” e com “é a vida” à quietude dos dias que se consomem lentos. Jogas no Euromilhões religiosamente todas as semanas, confiante que bastaria isso. Estás submerso em frases feitas, ideias feitas, histórias que te fazem. E não questionas. Estás a todo o momento a provar(-te) e nunca basta. Fear me or revere me but please think I’m special.
O inesperado passou a ser um obstáculo à certeza que tu gostas de ter e o imprevisível é só quando sais a horas do trabalho. Viste aquele cartaz da Sumol sobre o ser original e tentaste convencer-te que aquilo é para quem não cresceu e ainda não conhece nada do mundo. Mas há dias em que te olhas no espelho e acreditas que podes recomeçar de novo. Once upon a time. Tem a coragem de acreditar. Ousa fazê-lo. Segura-te ao que puderes, não os oiças, eles não sabem nada de ti e tu não sabes nada deles. Deixa que te estranhem, que questionem, que suspeitem e, mesmo tentando, não compreendam. Ainda vais a tempo de te tornar em quem és. Irrepetível. Vive sem rede, vive em directo. Unplugged. No final, não há esse tempo que te escapa em correria. No final, és só tu contigo. Por isso vai ver-te ao espelho. E não regresses."
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Outros
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Este é para ti, M.
«José Mourinho foi designado pela IFFHS como o 3.º melhor treinador da última década. Arséne Wenger, 1.º. Alex Ferguson, 2.º. Manuel José, na 54.ª posição, aparece empatado com Pep Guardiola. António Oliveira é referido na lista, na 85.ª posição»
Link aqui.
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Futebol
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Não é fake!
Notícia de última hora: afinal aqueles vídeos do Rubik's Cube onde a malta resolve aquele puzzle a uma velocidade fantástica não são fake!
Pois ia eu no metro no outro dia e vejo um tipo de volta do cubo, a solucioná-lo rapidamente. Isto ao vivo, em directo, a cores e in loco.
Espectacular!
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Pessoal
domingo, 17 de outubro de 2010
O já tradicional populismo dos media
Há pouco no Tempo Extra com Rui Santos uma das entradas do programa apontava para algumas imagens de bilhetes do calcio em Itália enviadas pelos telespectadores para o conhecido jornalista.
Estes bilhetes tinham os preços de 10€, outros 15€, outros 17€, por aí fora. Quer para a Taça de Itália quer para a Série A italiana.
Ena que espectáculo. Leitura do espectador em estado vegetativo: porra, lá fora os bilhetes são bem mais baratos do que em Portugal, ora que porra, pá. Somos sempre comidos, nós tugas.
Caro tuga, não faz mal. Aquilo foi só uma montagem e compilação de várias imagens.
Vou enviar para o Rui Santos imagens digitalizadas do meu bilhete Estoril-Sporting a 8€ (bancada central), do meu Sporting-Benfica a 15€ (bancada central) do meu Porto-Sporting a 15€ (atrás da baliza) e por aí fora. Pode ser que, em alternativa, Rui Santos pegue neste conjunto de imagens e decida porventura destacá-las também no seu programa.
Pronto, só para o tuga assim de repente concluir: porra pá, afinal cá em Portugal os bilhetes não são assim tão caros como isso. Coa breca!
Foi uma bojarda engraçada mandada assim para o ar por Rui Santos que pouco ou nada falou sobre este assunto, mas, como é timbre deste tipo de programas televisivos, a desinformação reinou. Viva o populismo.
Porque para ir a um estádio de futebol não é preciso largar 50€, antes pelo contrário.
Adenda: Numa passagem rápida pelos sites dos três grandes é possível verificar que um português pode ir assistir a um jogo europeu do Sporting versus Gent a 20€ e de um Benfica versus Paços de Ferreira também a 20€. No site do FC Porto não havia qualquer informação. E melhor, melhor, é este aqui, Sporting versus Rio Ave no próximo Domingo. Até temos bónus, ora vejam: 10€. Se há bilhetes mais caros? Há, sim. Se os há mais baratos? Sim, também, claro.
É chato verificar que um jornalista não engloba na análise todos os dados. Não é chato; é uma realidade dos media hoje em dia. A construção de uma realidade. Principalmente aquela que dê mais audiência e, por consequência, mais pingo.
Nota: tinha uma etiqueta com o nome Televisão, mas não fazia qualquer sentido. Uso outra agora, em substituição, de nome Media; tentarei, por isso, doravante, tecer mais considerandos sobre esta matéria principalmente para que não se promova ainda mais a já tão instalada iliteracia dos media, como eu lhe chamo.
Ainda o 5 de Outubro...
Um velho conhecido, Duque de Saldanha, costumava contar-me que, quando ia a entrar numa auto-estrada e se deparava com a portagem dizendo retire o título dizia-me ele em tom jocoso:
Ah, cabrões dos republicanos, pá!
Nota: história, naturalmente, com direitos de autor.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Aikido e a Luz
Dissertação da autoria do convidado Alexandre Francisco
Biliões de pessoas têm Messenger e utilizam-no de modo a poderem comunicar com amigos, conhecidos, familiares, etc. Normalmente durante essas comunicações alguns de nós não utilizam o seu nome próprio como apresentação mas sim frases ou algum tipo de "nicks".
Nos últimos tempos tenho-me apresentado no meu Messenger com a seguinte frase: "Todos caminhamos em direcção à luz... até lá… vive!".
Para alguns de vocês esta frase não é nova, pois por motivos de alguma infelicidade teve algum mediatismo nos tempos recentes. Esta frase veio como publicidade a um filme de nome Contraluz do realizador Fernando Fragata. Filme este que foi publicitado pelo já falecido actor António Feio.
Um trailer sobre o filme correu a Internet e as televisões, onde o António Feio nos transmitiu a ideia de aproveitarmos a vida, de apreciarmos cada momento, de nos ajudarmos uns aos outros sem deixarmos nada por fazer nem nada por dizer neste tempo em que cá andamos durante a vida. Uma mensagem forte muito devido à situação específica que o actor estava a passar. Infelizmente é assim. Ainda no mesmo trailer e após as palavras do actor, o realizador oferece-nos um conjunto de frases que realmente dão um certo impacto a quem as lê. Eu passo a transcrever:
“Daqui a cem anos a população actual do mundo estará morta! Os nossos familiares, os nossos amigos, os nossos filhos, tu e eu.
Sete mil milhões de seres humanos desaparecerão para sempre.
Todos caminhamos em direcção à luz. Até lá... VIVE!”
Estas palavras mexeram comigo! Como se algo me tivesse abanado. Nesse dia olhei para o meu filho com outros olhos. Claro que um pai ama um filho. Mas nesse dia olhei para o Fábio e amei-o de uma forma presente e consistente.
Esta ideia realçou-se ainda mais ao saber de um colega de trabalho que com 41 anos sofre de cancro do pâncreas. Isto tudo tem-me feito pensar em muitas coisas, que ao longo da vida inundam a mente a muita gente. Não sou uma pessoa sem fé mas confesso que não sou das pessoas mais crentes, como tal, a ideia de morte faz-me pensar também no sentido da vida.
Que andamos cá a fazer? Até quando cá andaremos? A verdade é que ninguém pensa verdadeiramente que vai morrer. Não aproveitamos a vida em condições. Mas afinal o que é isto de aproveitar a vida? Se perguntarmos a muitas pessoas, elas responderão que o grande objectivo de vida é… ser feliz. Claro que isto será sempre subjectivo e cada um de nós terá uma ideia própria do que isso significará.
Quando tinha 18 anos conheci uma mulher que me disse uma frase que jamais esquecerei:
“Na vida não existe felicidade mas sim momentos de felicidade”.
Tenho pensado nisto tudo e nas coisas que verdadeiramente me proporcionam os tais momentos de felicidade.
Desde 2002 que descobri algo que me tem “oferecido” momentos de verdadeira felicidade.
Para algumas pessoas que leiam este meu texto não será muito importante eu explicar aqui técnicas e outras coisas mais que se fazem concretamente na prática do Aikido.
A verdade é que no momento que inicia uma aula, o meu cérebro faz um reset a todos os problemas e a tudo o que se passou para trás desse momento. Sinto-me livre, como se estivesse noutra dimensão. Como se aquela hora e meia de treino fosse um oásis no meio da minha vida onde tudo é calmo pacífico.
Como é possível uma arte marcial transmitir paz? No início da minha prática apenas me interessei pelas ”chaves”, “torções” e tudo que na minha ideia me pudesse ser útil em caso de auto-defesa.
Hoje passados alguns anos começo a ver que o Aikido é realmente aquilo que um japonês de fraca estrutura física afirmava ser.
Aikido é amor
Esta frase não tem nada de lamechice pois como todos sabem existem imensos tipos de amor. E no Aikido existe um dos maiores tipos de amor que posso conhecer: o amor ao próximo.
Quando fala no próximo, não me refiro a alguém em particular mas sim a tudo o que nos rodeia.
Morihei Ueshiba criou uma arte marcial onde não existe agressão nem competição e que a única competição que existe é a que praticamos connosco, de modo a melhorar cada vez mais.
Um praticante de Aikido não ataca, porque não tem na sua personalidade a vontade de querer ser melhor que o outro.
Por isso pode ser praticada por todas as idades e estruturas físicas, não havendo distinção de pesos entre os praticantes.
O aikidoca trabalha com a energia de quem o ataca. É a pessoa que ataca que escolhe o caminho que se seguirá. O objectivo do aikidoca não é prejudicar fisicamente o atacante mas sim retirar-lhe a energia do mesmo, impossibilitando o confronto.
Claro que se quisermos infligir estragos físicos, é fácil. Mas como costumo dizer nas minhas aulas: ensinar alguém a magoar é fácil… ensinar alguém a controlar o outro sem magoar é o difícil…
Uma das coisas que me apaixona no Aikido é esta “capacidade” de controlar uma situação de violência sem exercer danos físicos no autor da mesma.
AI-KI-DO
O caminho que leva à harmonia das energias
A ideia é simples (mas difícil, hehe), basta pensarmos em harmonizarmo-nos com a energia do atacante não criando bloqueios.
Tal como em matemática: 9+1=10 mas 7+3 também e 5+5 também e etc., etc.
Isto pode e deve também ser passado para fora das aulas, pois Aikido é feito em todo o lado a toda a hora com todos os que nos rodeiam. O princípio de não atacar e de nos harmonizarmos com quem nos ataca é algo que se fosse feito por todos com mestria, nos traria um melhor Mundo, e claro que se todos exercêssemos o princípio “aiki” seria impossível existir violência…
De forma perfeita e teórica, porque para o conseguir já implica um grande nível de mestria, a ideia é o atacante ver, que mesmo sem ser magoado de forma grave, pode-se cansar porque não terá a mínima hipótese de concluir com êxito a sua violência.
Por isso reafirmo que Aikido é Paz e Amor…
E afinal estamos todos a caminho da tal “luz” seja ela o que for... ou aliás… mesmo que nem exista!
Com paz e amor… não seria essa a melhor maneira de fazermos este caminho?
Saudações AIKI.
Dissertação da autoria do convidado Alexandre Francisco
Nota do blogueiro:
Alexandre Francisco. Casado, um filho. Quase quarentão (já faltou mais!). Submarinista há 15 anos com orgulho. A escrita não é o seu forte, diz-me ele. Mas é o seu coração, digo eu. Imponente ao vivo. De uma energia imensa e vivacidade genuína sem igual.
O Alexandre pratica Aikido desde 2002. Aluno de um dos maiores conhecedores de Aikido e Budo em Portugal, o Alexandre tem uma classe própria com quase duas dezenas de praticantes na Siderurgia Nacional. Sendo uma verdadeira estrela nos media nacionais já teve o privilégio de aparecer na RTP ou na revista Cinturão Negro. É ainda administrador do fórum online Aikido Portugal.
É caso para dizer: Alexandre, o Grande.
O meu muito obrigado pela tua contribuição :)
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Aikido
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
O inevitável centrão em 36 anos de Democracia
O que eu mais gosto neste boneco é o facto de hoje ser assim mas amanhã poder ser exactamente o inverso, entenda-se, os rosas a penetrarem pelos laranjas adentro.
36 anos de Democracia. 36 anos de um pau-la-ti-no progresso. Somos ainda tão novinhos, tão tenrinhos.
O centrão está vivo, para durar e... recomenda-se.
Há tanto ainda a trilhar. Não arregacem as mangas que não é preciso, portugueses!
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Política
sábado, 9 de outubro de 2010
Posso continuar a bater na mesma tecla?
"Bale, lateral ou ala?
Gales nunca deu grandes estrelas ao futebol mundial. Giggs terá sido a maior. Actualmente, porém, há um jogador galês que explode em qualquer relvado, pela força, técnica e potência como arranca com a bola pelo flanco esquerdo: Gareth Bale. Joga no Tottenham. Arrisco mesmo: é o melhor lateral-esquerdo europeu da actualidade! Só terá uma coisa a impedir que isso se confirme. É o facto de estar a jogar a…médio-ala esquerdo.
A razão para tal surgiu porque Redknapp, vendo como chegava à área adversária com perigo, entendeu que se fazia isso vindo da defesa, melhor o poderia fazer jogando mais adiantado. É uma conclusão comum quando se vê um bom lateral ofensivo. Raramente, porém, dá certo. Porque o segredo está, quase sempre, nos 30/40 metros de embalo que esse jogador tem nessas jogadas vindo de trás. Bale também joga bem como ala mas nessa posição nunca será uma grande referência mundial. A lateral, tem tudo para ser dos melhores do Mundo! E, ao mesmo tempo, partindo dessa posição, continuar, quando ataca, a ser ala…"
Luís Freitas Lobo, no seu site. Sublinhados meus.
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Futebol
O Grande Yann
(Ouvir a excelente actuação de Yann Tiersen há uns quantos meses atrás no edifício erigido por Aníbal Cavaco Silva foi absolutamente extraordinário. Valente, Yann!)
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Música
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Obrigado Facebook
Obrigado por tornares um desejo de um feliz aniversário tão simples, tão seco, tão frio, tão directo, tão curto, tão fácil. Tão unmeaningful, no fundo.
Obrigado por, mesmo suplantando de longe o sms, facilitares a vida a tanta gente.
A começar por mim próprio que dei hoje, assim de rajada, três parabéns facebookianos.
Eu que sou simples, seco, frio, directo, curto e tão fácil.
Facebook: és o maior, pá!
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Pessoal
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Ela
Este é difícil.
Muito difícil.
Séria, honesta. Perspicaz, sagaz. Primazia pelo rigor, pela coerência. Com valores assumidos e com valores declarados. Pura, resumiria.
Maturidade acima da média, mesmo para a idade que o seu B.I. ostenta. A competência intelectual (só para não referir a profissional) e firmeza é de realce. Nem sempre repercutida para os outros por falta de energia canalizada nesse sentido. Por falta de força; por julgar que se calhar não tem assim tanta competência intelectual como isso. Porque se calhar me falta alguma quilometragem. Porque se calhar...
Eu cá acho que se engana redondamente. Mas também, o que importa o que os outros acham? Que se dane, pensa ela tantas vezes; penso eu.
Não contém as emoções para o exterior em parte porque as vicissitudes da vida não mais lha permitem.
Sendo certo que possui conhecimento, status e sapiência de digno registo, a sua sede de aprender sempre mais é inegável. E que virtude.
Ansiosa, porém. Intranquila. Culpa da idade que vem no B.I., digo eu. Mas mais culpas para as vicissitudes (again) da vida. Essa malapata: as vicissitudes. Tivesse o seu espírito a força que o seu intelecto tem e era a mais forte do mundo, diabo. Mas nem todos podem ser heróis, nem todos podem ser valentes. Nem todos cortam a vida a direito. Mas andamos cá para tentar, pois claro.
Um dia, ofereci-lhe um manual de ultrapassagem de montanhas. Sendo certo que escalamos a montanha desde o dia um, em que nascemos, e que eventualmente atingimos o cume no dia em que nos vamos embora deste mundo, creio que, e é com satisfação que sinto que, dia após dia, a picareta crava-se na escarpa com muito mais confiança, com muito mais precisão e com muito mais segurança.
Cada cravação falhada também eu a sinto no peito. Cada cravação sucedida também o meu sorriso nasce.
Subir as montanhas de cabeça erguida não é para qualquer um e ela fá-lo quer acredite, quer não.
Não conhecendo eu mais de metade da sua vida, julgo conhecer mais de metade da sua alma.
Que me perdoe ela e que me perdoe a mim próprio por proferir tais ultrajes.
É mesmo difícil. Mas tentei.
Dedicado à C.
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Pessoal
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Seiichi Sugano Sensei
O Sensei Sugano passou por Portugal durante cerca de uma década. Foi sempre bem recebido e sempre gostou de cá vir, segundo julgo saber.
Era um samurai, na sua essência. Um guerreiro. De poucas palavras, de poucas emoções. Muito poker face, diria. Tal qual como um "bom" japonês, pois claro.
Nem mesmo depois de lhe ter sido amputada uma perna o Sensei deixou de praticar e leccionar Aikido ao mais alto nível. E é preciso não esquecer que leccionar Aikido ao mais alto nível é sinónimo também de uma responsabilidade inerente que o levou a viajar ano após ano de cidade em cidade, de país em país. Para a idade que já levava não seria certamente tarefa fácil.
Lembro-me do Sensei como tendo um Aikido poderosíssimo. Não entrava cá em lamechices ou indolências. As suas mãos e braços pareciam pedra! Todo ele, aliás, parecia uma imensa montanha: inamovível.
Lembro-me também de uma vez em que me chamou como uke para demonstrar uma técnica. Um irimi nage. Daquelas em que se entra pelo outro gajo adentro. Foi a vez mais extraordinária em que pude atacá-lo. Isto porque em cerca de, digamos, dez a quinze segundos pôs-me completamente esgotado fisicamente. Exausto mesmo. Foram quinze segundos que pareceram uma eternidade. Fui projectado com violência e potência dando uns valentes pinotes no ar. No final fiquei com a sensação que tinha acabado de correr a meia maratona.
Quando voltei para o meu lugar só me recordo de o meu Sensei de há quase quinze anos me dizer: «porra André, nunca te tinha visto cair assim, dass...». Isto era Sugano.
Ainda na mesma técnica, recordo hoje com imensa alegria, um momento único em que Sugano me atinge na face com o seu punho cerrado. Não porque se tenha esforçado muito ou esticado todo para o efeito para me atingir. Não. Antes, pura e simplesmente conduziu-me para o local exacto e depois em conformidade entrou por mim adentro. Um puto ágil, de 20 anos, ia-se escapulir daquele irimi nage? Qual quê. Pimbas, levei logo. Sem sangue claro, sem sangue. E o Sensei, sem perna, não esquecer.
Neste mesmo treino fazia eu exame. Fi-lo, já esgotado por sinal, tendo uma duração de cerca de trinta minutos. Dizem as más-línguas que durou mais. É possível. Mas isto, era Sugano.
O seu trabalho com armas também era positivo. Muito cirúrgico, no entanto. Nada de grandes espalhafatos. Pelo menos não connosco, mancebos.
Sensei Sugano que difundiu o Aikido um pouco por todo o mundo, começando pela Austrália e depois Malásia, Bélgica, Luxemburgo, França, Portugal (e possivelmente outros países) e terminou em Nova Iorque como sua casa-mãe.
Do meu ponto de vista muito particular, como nota menos fica o facto de não ter sido possível recebê-lo em nossa casa (Portugal) mais do que uma vez por ano. Assim não tivesse sido e teríamos sugado muito mais ensinamento dele. Mas claro, não é uma problemática só de Portugal. Assim acontece noutros países em relação a estes grandes mestres.
E por ter sido um grande mestre, por ter sido aluno directo do fundador, por ter pertencido a um leque ímpar onde figuram grandes mestres da história do Aikido e por ter abraçado Portugal e os aikidocas portugueses durante tanto tempo, aqui deixo a minha sentida e singela homenagem a Seiichi Sugano Sensei.
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Aikido
sábado, 2 de outubro de 2010
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