segunda-feira, 6 de junho de 2011

Portugal tingido de laranja




Sobre estas últimas legislativas apraz-me registar a confirmação da subida do PNR, um sinal que pessoalmente considero preocupante, que já aqui tinha referido.

Desta feita chegou às três décimas com mais de 17 mil votos.

O MRPP é o primeiro partido dos pequeninos e surpresa das surpesas, o Partido pelos Animais e pela Natureza (e não dos e da - eles não gostam e bem) ficou logo atrás do MRPP com mais de um por cento dos votos, significando mais de 57 mil votos neste partido que viu a luz do dia em Janeiro deste ano.

Está o PAN de parabéns, na pessoa do seu Presidente, Paulo Borges, que tão bem falou quando teve tempo de antena há uns tempos na RTP, por alcançar um resultado absolutamente fantástico e que superou todas e quaisquer expectativas.

O voto em branco chegou quase aos três por cento, o que significa que se fosse um partido quase podia ter eleito um deputado.

Sobre o Bloco de Esquerda, o maior derrotado destas eleições a par com o Partido Socialista, fica a nota negativa pelo facto de Francisco Louçã não se ter demitido passando assim o ónus da sua liderança para os militantes do seu partido. Portas fê-lo há uns anos, regressou pouco tempo depois e veja-se agora o que conquistou.

No Bloco há gente indignada, como ouvi ontem no Eixo do Mal Daniel Oliveira, militante e antigo dirigente do BE, por Louçã não se ter demitido. Afinal de contas, perderam metade dos deputados.

Eu até acho que o BE é um pouco como o CDS: sem os seus respectivos e actuais líderes ficam, julgo, a perder. Mas como referi, não custava nada Louçã ter-se demitido e depois, quem sabe, voltar em força depois de submetido a sufrágio junto dos militantes do seu partido.

Quanto ao resto, foi importante ter-se alcançado este governo de maioria. À falta de melhor, que se tenha o mínimo dos mínimos: uma estabilidade política e institucional e que não haja quaisquer desculpas para se poder governar com serenidade e de acordo com os princípios que os partidos que formarão governo preconizam.

Desejo sorte ao próximo governo e, sobretudo, a Portugal.

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