Da autoria do convidado Paulo Reis Costa
(ver aqui o 12º Trabalho de PRC)
Na minha última crónica aqui publicada expliquei quem eu era, donde vinha e para aonde queria ir ou mais concretamente quais os meus desígnios.
Agora aproveito esta oportunidade para colocar à vossa disposição uma cópia da última carta que enviei aos deuses do Olimpo...
“Oh meus deuses,
Como vão as coisas aí no Olimpo? A Moody’s ainda não vos colocou na categoria junk?
Escrevo esta carta porque ao fim de algum tempo de prática da disciplina, a que os humanos chamam de Aikido, começo a entender o significado da expressão “Ganda Lata!”
Então é assim... o meu professor numa das últimas aulas fez, perante a estupefacção de todos, um exercício que pretendia demonstrar como se deve cair. Observámos a execução magistral de um duplo flique flaque à rectaguarda seguido de um triplo mortal encarpado. No fim olhou para nós e sorrindo disse-nos: «É fácil. O corpo sabe o caminho...» Ora aqui está um não exemplo da expressão «Ganda Lata!». Já explico... antes e em resposta apraz-me reportar o pensamento que tive na altura, a saber: «Sensei! o único caminho que o meu corpo sabe é calcular a distância mais curta e mais rápida entre o tatami e o chuveiro sem dar muito nas vistas.»
Numa outra ocasião em que treinávamos uma técnica em que consistia agarrar o oponente, fazê-lo passar pela nossa zona lombar e depois projectá-lo... Bom, ao fim de 20 minutos de muita centrifugação em que já não conseguia distinguir as costelas flutuantes das estabilizadoras, o sensei chegou-se ao pé de nós os sete (eu, o meu parceiro e as peças que ficaram pelo caminho, entenda-se) olhou para mim e disse-nos: agora vou exemplificar com o Costa (nome pelo qual sou conhecido aqui na paróquia): Porreiro pá! – Pensei eu... e pronto, ele era Costa com tudo, tudo com Costa, Costa para lá, Costa para cá... No final e depois de eu já só sentir os olhinhos a mexerem, o sensei bondosamente perguntou-me «o Costa sente-se bem?»
Ora aqui está um outro não exemplo da expressão “Ganda Lata!” - é pura e simplesmente o desmistificar e deitar por terra a expressão futebolística de que «o comboio não passa duas vezes na estação...» Neste caso perdi a conta às vezes que o comboio passou.
Passo a explicar: os casos citados são meramente manifestações de afecto, porque “Ganda Lata!” é ver o José Castelo Branco a passear a sua classe (?!) no meio de tribos africanas numa de macho dominante!!
E termino esta missiva com sentimento de grande saudade, que subscrevo com elevada estima e consideração por todos vós.
Alfa Zema
P.S.: Alguém me pode enviar uma mensagem a confirmar se os meus pais receberam a garrafinha de Fiúza Reserva Tinto que lhes enviei ? Pode ser por sms...”
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