segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A queda

Fragmento de uma dissertação minha acerca do filme A queda, sobre os últimos dias de Adolf Hitler. Trabalho realizado para a faculdade.

[...]Naturalmente, todas as candidatas, nesta fase, estão nervosas, preocupadas em saber o mais ínfimo pormenor de etiqueta a ter com Hitler, como cumprimentá-lo, como se relacionar com ele, etc. Digo naturalmente, pois poder-se-á pensar que Adolf Hitler é um monstro, um ser hediondo e execrável mas afinal vemos que não passa de um ser humano vulgar, que é simpático e delicado com aquelas raparigas, gosta da sua cadela, ouve com alegria os filhos de Joseph Goebbels (29 de Outubro de 1897 - 1 de Maio de 1945) a cantar, agradece um favor, etc. Não obstante, é capaz de tomar a decisão mais inexorável contra toda a Humanidade e um povo. O dele próprio, inclusive. Foi um homem, vulgar, com a invulgaridade nefasta de criar uma ideologia onde a chacina e a exterminação de “raças impuras” fazem parte do dia-a-dia da sua governação.[...]

7 comentários:

Mós disse...

é o teu ponto de vista, mas tenho que discordar...
O hitler era um monstro! apenas um monstro com um intelecto fora do comum!
Um génio até!
Podem baixar as armas que não sou nazi nem nada que se assemelhe! Mas seria ignorante dizer-se que ele não era um líder e/ou um estratega exímio!

O filme foi escolhido por ti ou foi-te imposto?
É que para aprender mais sobre a pessoa dele em si acho o Max mais interessante! Ainda só vi o ínicio de A Queda, mas não me puxou tanto... ok, estava um pouco cansado e distraído com outras coisas para dar muita atenção, mas pronto...
O Max retrata como ele era antes de se ter tornado naquilo que todos sabemos!
Um filme a ver! Fica aqui a minha recomendação!

André disse...

Grande mós, não. Aí é que te enganas :p Isto não é o meu ponto de vista. É o ponto do viste do filme, ou, se quiseres, é o ponto de vista da sua secretária (que veio a falecer só agora em 2003, salvo erro) cujas suas memórias serviram de suporte para criar este filme.

Pedro a questão é que no filme Hitler é efectivamente um tipo normal, e é como digo aqui neste pequeno excerto (se calhar era preciso leres do inicio tambem): é delicado com elas, sabe estar, etc. Se eu tivesse visto um filme onde o Hitler fosse um FDP, assim o teria retratado na minha dissertação. Mas não, isto é sobre o filme A queda, e neste filme, o Hitler é isto. Estou-me a basear no que o filme mostra. Eu não conheci o Hitler, logo não sei. Mas só pegaste pela parte "positiva", eu falo também numa "negativa" e que, evidentemente, o filme também nos mostra. E a "negativa" sobrepoe-se sobremaneira à positiva Pedro, como é obvio. Eu simplesmente fiz e estou a fazer o apanhado geral da coisa. Ufa, espero ter-me explicado bem.

Quanto à tua 2ª pergunta, isto não é bem para saber mais ou menos, simplesmente tinha que escolher uma obra, um filme, o que fosse, sobre determinado tempo histórico, escolhi isto, o Prof achou bem, e pronto, cá estou :p

Quanto à tua 3ª parte do comentário; eu escolhi esta obra e pronto.. eu também nunca vi o filme, e quer ele me agradasse ou nao, tenho que escrever 5 páginas sobre o mesmo. Por acaso gostei imenso. Fartei-me de tomar conhecimento de coisas que não fazia a mais pequena ideia. Acho o filme excelente mesmo. Se vires isto com calma, é perfeitamente suportável. Não é um filme propriamente secante nem nada. É bem fixolas.. a serio :p

grande abraço, falo pa caraças, cum caneco.

Mós disse...

hmm... pensava que era uma visão tua sobre o filme, entendes? :P

"Mas só pegaste pela parte "positiva", eu falo também numa "negativa" e que, evidentemente, o filme também nos mostra. E a "negativa" sobrepoe-se sobremaneira à positiva Pedro, como é obvio. "

esta agora passou-me ao lado! só peguei na positiva? como assim?

André disse...

"Oliver Hirschbiegel's film (A Queda) has been criticised for "humanising" Hitler. It does precisely this - and makes him seem, in consequence, far more grotesque and sulphurous than any of the dozens of picturesque newsreel documentaries on TV. It restores to him evil's banality, in Hannah Arendt's phrase, and its silliness and cheapness. Any movie which removes the great dictator from the horrors of the camps and places him in a situation which he is history's biggest loser, risks conferring, if not tragedy exactly, then the pathos of a cut-price Götterdämmerung. But Hitler has never looked more noisome, a tatty charlatan. If anything, it is the SS on whom the film goes relatively easy, although they never appear anything other than chillingly pompous.

It has not been that long since we had the last "humanising" controversy about Hitler. Menno Meyjes's 2002 film Max showed the young Adolf, played by Noah Taylor, as a sensitive young painter in the 1920s, agonising over a choice between two equivalent vocations: art or politics. That was far more daringly ambiguous. And it is odd that, given our Nazi-obsessed media, Alexandr Sokurov's film Moloch has never been released in this country: a lugubrious, dream-like re-creation of Adolf Hitler and Eva Braun's relationship."

tirado daqui: http://film.guardian.co.uk/News_Story/Critic_Review/Guardian_Film_of_the_week/0,,1449213,00.html#article_continue

André disse...

pegaste na parte "positiva" por eu estar a "falar bem" do Hitler. Mas eu também realço a parte "negativa" dele. Isso ;)

Mós disse...

ah! nah! nem pensei nisso pah!
só achei que abordo a questão ao contrário e queria salientar isso!
Daí ter começado por dizer que:
"O hitler era um monstro! apenas um monstro com um intelecto fora do comum!
Um génio até! "

a frase inicial foi apenas a introdução típica a um pequeno comentário, li o teu post e pensei que essa dissertação fosse a tua opinião sobre o filme e não uma observação objectiva do mesmo, uma análise, vá! ;)

agora vou mas é estudar que isto só pára sexta! uaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhh!

André disse...

eu percebi eu percebi ;)

bons estudos!