sexta-feira, 17 de junho de 2011

O XIX Governo Constitucional



Gosto do elenco. Gosto da táctica 4-3-4. Quatro ministros do PSD, três do CDS e quatro independentes. É simpático. E Nobre fora do Governo, tal como Passo Coelho tinha dito desde que se candidatou (apesar do primeiro erro em convidá-lo para a Presidência da AR).

Passos Coelho, o «líder natural», segundo dizem. Aquele que lá nas reuniões, entre eles, bate com o pé quando é preciso e define linhas orientadoras. É positivo.

Paulo Portas, um dos mais experientes do elenco. Não há muito a dizer e já era mais ou menos sabido que ficaria com a pasta dos Negócios Estrangeiros. Assenta-lhe melhor que a da Defesa, sinceramente.

Vítor Gaspar, independente, não conhecia. Diz que é uma «troca de experiência política por competência técnica». Homem com ligações ao BCE e à Comissão Europeia. Pois bem, que nos tragam frutos e que seja de facto competente, é o meu desejo.

Miguel Relvas, o public relations do Governo. Nada a dizer. Excelente. É para isso que está talhado e já desempenhava esta função quando Passos Coelho foi eleito líder do PSD. Agora será só (quase) uma continuação do seu trabalho. Adora futebol e adora o Sporting, sendo sócio do clube. Notas positivas.

Miguel Macedo, o último líder parlamentar do PSD. Esteve irrepreensível nessa função e muito à altura do desafio nos frente-a-frente com Sócrates na AR. Espero por isso que desempenhe a sua nova função (Administração Interna) exactamente com o mesmo discernimento. Chega e sobra.

Paula Teixeira da Cruz na Justiça. Não sou grande fã, mas acredito e espero que cumpra.

Aguiar-Branco na Defesa. Também não sou grande fã e temo por esta pasta governativa. Chegou a ser ministro da Justiça no curto Governo de Santana Lopes. Vamos ver no que dá.

Assunção Cristas na Agricultura, Ambiente e Ordenamento. Sou fã desta senhora. Mesmo. Política muito consistente, capaz, jovem. A mais jovem do Governo, aliás. Quando me falam na Joana Amaral Dias (por quaisquer razões que sejam, políticas ou menos políticas...) eu exclamo logo: quê?! Metam antes os olhos na Assunção Cristas, por favor. Deus queira que cumpra bem a sua nova função. Parece-me que não seria a pasta ideal para ela, mas como mais nova que é, cheira-me que ficou com a «fava».

Pedro Mota Soares, na Segurança Social. Deputado há mais de dez anos este é um político com muita rotina, com muito traquejo político e talvez demasiado afastado de uma realidade mais técnica e prática (não sei). Sei que é bom no combate, na discussão e no confronto (daria por exemplo um excelentíssimo ministro dos Assuntos Parlamentares num hipotético Governo CDS). Mas isso para um ministro não conta propriamente para muito. Vamos ver como se sai.

Álvaro Santos Pereira na Economia. Simplesmente não conheço.

Nuno Crato, independente, na pasta da Educação. Quando me contaram disse imediatamente: ena, excelente! Mas acrescentei: bom, é bom que ele agora que está com a mão na massa seja tão incisivo, lúcido e prático como sempre demonstrou ser quando não tinha qualquer responsabilidade governativa. Acho que tem tudo para fazer um bom trabalho.

Paulo Macedo na Saúde. Não sei quem é. Mas sei que Correia de Campos, o ex-ministro da Saúde, disse ser uma «excelente escolha», o que não é mau sinal.

Ainda não consegui ver quem será secretário de Estado. Mas já sei que Francisco José Viegas será o secretário de Estado da Cultura o que também me parece ser uma muito boa escolha.

Votos de sucesso para este XIX Governo Constitucional.

4 comentários:

S' disse...

É um 11 simpático :)

André disse...

Well put ;) Não me lembrei dessa.

Mas fica 12 com o Prime-minister. Mas esse é o coach, vá.

;)

Anónimo disse...

"Paulo Macedo na Saúde..." não sabes quem é ? o cobrador do fraque ;)que recuperou uma pipa de massa em atraso.
Isso do Miguel Relvas ser do Sporting e ainda por cima sócio, não sei se isso é bom ...:)
JP

André disse...

Pois JP, já ouvi dizer já. Mas de facto não o conhecia, não :)