domingo, 12 de dezembro de 2010

Como diz?



Foi com especial curiosidade e interesse que me desloquei até ao Museu do Oriente, em Lisboa, para assistir ao Teatro Noh, com a peça Samurai Cristão (português, oi?), Sorin Otomo, do Sakurama Kai Group, um grupo muito simpático capaz de estar em seiza cerca de uma hora sem qualquer aparente desconforto.

Qual não foi o meu espanto, a dita cerca de uma hora passou-se sem eu - e mais uns quantos, julgo - ter percebido, literalmente, porra nenhuma.

É isso, foi tudo em japonês; claro. Mas, aparentemente, os 20 euros cobrados não incluíam qualquer tipo de tradução (em inglês que fosse), e, pior ainda, não existe qualquer aviso nem no site e descrição da peça nem tão-pouco no acto da compra dos bilhetes.

Conclusão: fui eu, mais uns quantos (pois no elevador juntamente com outras pessoas apercebi-me que não era o único a estar na mesma posição de às aranhas), perfeitamente ao engano.

Sendo certo que era no Museu do Oriente, penso ainda estar em Portugal.

Ainda bem que quando lá dei com os meus colegas uma demonstração e workshop de Aikido não me dirigi às pessoas também em japonês ou qualquer outro idioma. Seria, no mínimo, escaganifobético (ai, estava sedento de escrever esta palavra. Foi hoje!).

Como nota positiva valeu pelo desembainhar do sabre, pelo lindíssimo guarda-roupa e até alguns cânticos.

Nem tudo foi perdido nos 60 minutos (e não 90 como vem na descrição) de peça.

Domo

2 comentários:

Diogo disse...

nao foi 90min?
estive quase pra ir, mas ja conhecia o estilo, porque ja lá vi no japao. Nao esperaria qualquer traduçao porque o japones que se ouve é todo cantado.... nem sei como seria isso possivel. um panfleto?
Decidi nao ir pelo preço (20euros)

André disse...

Mestre Diogo :)

Nao foi 90 min. Dont ask my why :\

Atenção: não me senti defraudado. De todo! Porém, se podia ter sido mais bem "esgalhado", isso podia.

Quanto à tradução, beats me Diogo: legendas somewhere? Auriculares? Pois q n sei.

Mas como disse no post, o mínimo teria sido avisar a malta estilo "o sr. n fala nippon? entao olhe q arrisca-se a perceber zero" (na descrição, que fosse). E pronto.

Domo arigato my friend.