(André e A. Vermeulen)
Este fim-de-semana tive, uma vez mais, oportunidade de oxigenar a minha vida. Chamando os bois pelos nomes falo, claro, de aikido.
Porque efectivamente uma coisa é transmitir conhecimento (que o faço; bem ou mal, faço), outra completamente diferente é adquiri-lo. É verdade que na transmissão de conhecimento também se adquire e se granjeia conhecimento, mas claro, é diferente.
Quando no treino de aikido nos é indicado um caminho, uma via; um trajecto, um objectivo; conhecimento e sabedoria, somos automaticamente invadidos pelo espírito aiki. Como que uma aura.
Essa aura, essa força espiritual, se assim se quiser chamar, é apanágio dos grandes mestres. Daqueles que respiram e transpiram aikido. Vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. Dentro do tapete, fora do tapete. Com a mulher, com a namorada. No emprego. No relacionamento com aquele tipo que não conheço de lado algum. Numa energia negativa (ou positiva) que se dirige na minha direcção. Apanágio daqueles que, pegando num conjunto de praticantes, os acolhe como sendo parte da sua família, como sendo seus filhos.
Esta aura é apanágio daqueles que estão já num outro patamar e que têm um conhecimento profundo - e muitos anos... - da arte. Faz não muitos dias, um desses grandes mestres nos deixou: sensei Nobuyoshi Tamura.
Mas outros continuam por cá, a transmitir e a empenharem-se e a darem de si para que outros tenham a oportunidade de, talvez um dia, poderem vir a ser completamente inundados pelo espírito aiki de uma forma total. Nesse dia, transformar-nos-emos em aikidocas vivos. É um privilégio poder treinar com estes mestres.
E por isso, chamando os bois pelos nomes, muito obrigado sensei Antoine Vermeulen por mais um fim-de-semana repleto de aikido.
Adenda (31-07-2010) - excepcionalmente traduzido para inglês:
My bottle of oxygen
I had the chance this weekend, once again, to oxygenate my life. Calling things like they should be called, I’m talking about aikido, of course.
Because indeed one thing is to transmit knowledge (which I do; in a good way or a bad one, I do it), another completely different is to acquire it. It’s true that in transmitting knowledge one can also acquire it, but of course, it’s different.
When in aikido training we are shown a way, a path; a road, an objective; knowledge and wisdom, then we are automatically taken by the aiki spirit. Like an aura.
This aura, this spiritual force, if you’d like to call it that way, is an attribute of great masters. Of those that breath and transpire aikido. Twenty four hours a day, seven days a week. On the mat, and off of it. With wives or with girlfriends. In jobs. In relationships with this or that guy that I’ve never seen before. In a negative (or positive) energy that is directed towards me. Attribute of those that, taking a set of practitioners, welcomes them as part of their family, like if they were their children.
This aura is an attribute of those that already are in another level and have a deep knowledge – and many years… - of this art. Not long ago, one of these grand masters left us: Nobuyoshi Tamura sensei.
But others remain here, transmitting and committing themselves so others may have the opportunity, perhaps one day, of being completely overwhelmed by the aiki spirit in a complete way. Then, we will transform ourselves in living aikidoka beings. It is a privilege to be able to train with these great masters.
So, calling things like they should be called, thank you very much Antoine Vermeulen sensei, for another weekend fulfilled with aikido.
4 comentários:
E depois temos o steven seagel! ahahah :P
Pois.. maybe. Não o conheço. E nem queria basear a minha opiniao no que sai na comunicação social. Nao tem sido muito abonatório, por acaso, nos últimos tempos.
Mas havendo seagal's ou nao, também ha os outros, aqui retratados no meu post ;) Este é uma homenagem a esses. Seagal poderá ser, ou não, um dos visados.
Sei que tavas a brincar, mas já agora peguei no que disseste para responder a "sério". lol xD
hugs
Gostei principalmente da parte em que chamas os mestres de bois... :O
Bem F, agora em inglês, como vês, nem isso dá para chamar. Snif, snif.
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