terça-feira, 8 de junho de 2010

A tusa

[Sensei Antoine Vermeulen e André]

Vou confessar que costumo ter uma abordagem inicial de "cortar as vazas" ao pré-iniciado - se necessário for, pois claro.

Principalmente quando a pergunta é se o aikido é bom para defessa pessoal; se se chega rapidamente ao cinturão negro; se se faz grandes "golpes" nesta arte marcial.

A tusa inicial é sempre bem-vinda. Mas tusa por tusa, há a barrotes. E essa, a tusa por tusa, é insuficiente numa arte que se quer representante de um caminho longo e para a vida.

Nesse sentido, as minhas respostas às perguntas supracitadas são sempre a resvalar o não ou o negativo.

Porque continuar a ter tusa mesmo depois de saber que afinal de contas não será favas contadas, e que afinal de contas é mesmo preciso dedicação, e que não é por eu pagar uma mensalidade que tenho mais é que receber o serviço e pronto; isso sim, esta tusa, é o estímulo necessário para uma prática profícua na arte. Porque é proficuidade que ambiciono para os meus alunos, e não a mediocridade.

E porque praticar aikido não é McDonald's nem é mascar pastilha. É um pouco mais elaborado que isso.

1 comentário:

wOwtaku disse...

Acreditas que sempre foi esta também a m/ filosofia enquanto estudante de Karate Shotokai? Bom texto e não menos bons princípios.

*clap clap*