No futebol quando uma equipa não obtém resultados a responsabilidade é do a) treinador, b) direcção ou c) jogadores?
A responsabilidade é, em última análise, de toda a estrutura. A começar pela direcção na figura do senhor Presidente, passando pela equipa técnica e acabando no fraco desempenho ou baixo rendimento dos atletas.
No futebol é um pouco mais complexo; ao fim e ao cabo existem os adversários, contratações falhadas, exposição mediática, enfim, um sem-número de factores.
De qualquer modo, o dedo é comummente apontado a a), ao treinador. É ele quem vai ao leme quer queiramos ou não, e é ele quem dirige o navio, e é quem tem de fazer omeletas com os ovos que tem à disposição. É um gestor de recursos humanos, um moldador e manipulador das ânsias e motivações dos seus atletas.
Reconheço que no aikido é um pouco mais fácil.
1) Não é desporto nem há competição, o que significa que não há adversários nem se irá ganhar ou perder, 2) não se contrata, as pessoas vão treinar porque querem e pagam para tal, 3) não existe qualquer tipo de exposição mediática, 4) etc.
É verdade que estou a comparar alhos com bugalhos; o futebol numa perspectiva mais macro e o aikido em perspectiva micro. Mas no limite, há um ponto em comum nestas duas actividades: o facto de a responsabilidade ser sempre do homem que vai ao leme.
No aikido se um aluno não atinge uma performance esperada pelo professor, isso é responsabilidade do professor.
Justamente por isso, um aluno só é proposto a exame pelo seu professor caso este considere que ele está apto e tem todas as competências necessárias para dar o passo em frente e subir um degrau.
Se o aluno porventura falha esse passo, quem fica mal visto é o seu professor.
E é por isso mesmo que nunca é um aluno a propor-se a exame mas sim o seu professor que toma essa deliberação.
Este tipo de condução e funcionamento só vem justamente reforçar o carácter de responsabilidade de um professor de aikido e estes papéis não podem nem devem inverter-se. O ónus deve estar sempre no professor relativamente a estas matérias.
E por isso mesmo não é fácil ser professor de aikido. Ainda para mais na sociedade de hoje em dia; uma sociedade com quebra de valores e em regime McDonald's onde a regra é mascar pastilha elástica e os objectivos estão cumpridos fácil e rapidamente - licenciaturas a três anos, um exemplo disso hoje em dia.
Um professor tem que lidar, tal como um treinador de uma equipa profissional de futebol, com as ânsias, os objectivos internos de cada um, e, ao mesmo tempo, saber conduzir a nau a bom porto. Ser comandante e voz de comando não é fácil, mas dá seguramente prazer, calo, experiência, também dissabores - porque não - mas o saldo é seguramente positivo.
A responsabilidade é, em última análise, de toda a estrutura. A começar pela direcção na figura do senhor Presidente, passando pela equipa técnica e acabando no fraco desempenho ou baixo rendimento dos atletas.
No futebol é um pouco mais complexo; ao fim e ao cabo existem os adversários, contratações falhadas, exposição mediática, enfim, um sem-número de factores.
De qualquer modo, o dedo é comummente apontado a a), ao treinador. É ele quem vai ao leme quer queiramos ou não, e é ele quem dirige o navio, e é quem tem de fazer omeletas com os ovos que tem à disposição. É um gestor de recursos humanos, um moldador e manipulador das ânsias e motivações dos seus atletas.
Reconheço que no aikido é um pouco mais fácil.
1) Não é desporto nem há competição, o que significa que não há adversários nem se irá ganhar ou perder, 2) não se contrata, as pessoas vão treinar porque querem e pagam para tal, 3) não existe qualquer tipo de exposição mediática, 4) etc.
É verdade que estou a comparar alhos com bugalhos; o futebol numa perspectiva mais macro e o aikido em perspectiva micro. Mas no limite, há um ponto em comum nestas duas actividades: o facto de a responsabilidade ser sempre do homem que vai ao leme.
No aikido se um aluno não atinge uma performance esperada pelo professor, isso é responsabilidade do professor.
Justamente por isso, um aluno só é proposto a exame pelo seu professor caso este considere que ele está apto e tem todas as competências necessárias para dar o passo em frente e subir um degrau.
Se o aluno porventura falha esse passo, quem fica mal visto é o seu professor.
E é por isso mesmo que nunca é um aluno a propor-se a exame mas sim o seu professor que toma essa deliberação.
Este tipo de condução e funcionamento só vem justamente reforçar o carácter de responsabilidade de um professor de aikido e estes papéis não podem nem devem inverter-se. O ónus deve estar sempre no professor relativamente a estas matérias.
E por isso mesmo não é fácil ser professor de aikido. Ainda para mais na sociedade de hoje em dia; uma sociedade com quebra de valores e em regime McDonald's onde a regra é mascar pastilha elástica e os objectivos estão cumpridos fácil e rapidamente - licenciaturas a três anos, um exemplo disso hoje em dia.
Um professor tem que lidar, tal como um treinador de uma equipa profissional de futebol, com as ânsias, os objectivos internos de cada um, e, ao mesmo tempo, saber conduzir a nau a bom porto. Ser comandante e voz de comando não é fácil, mas dá seguramente prazer, calo, experiência, também dissabores - porque não - mas o saldo é seguramente positivo.
3 comentários:
Olha o que trabalho que tiveste só para teres a desculpa para colocares uma foto "cool" tua!
Na realidade, no aikido, não há vencedor nem vencido.. ambos ganham.. se o "ganhar" qualquer coisa for o objectivo, ou ambos perdem...se "perder" for o objectivo .... " A long way...." :-)
lol Miguel!
Zenlt, a long way é uma certeza. Ganhando ou nao. Perdendo ou nao. A long way it is!
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