domingo, 13 de novembro de 2011

Miles


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

How we became fire



Mike Gaspar que é um belíssimo cinturão negro de Taekwondo, incrível com matracas (porque será?) e não menos incrível na bateria.

«Para o André Fiuza / dos Moonspell / Grande Abraço // Fernando Ribeiro (acho)»

Marinheiro

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Aikido tattoo


Não querendo fazer do blogue um «fotoblogue» de tatuagens, aqui vai mais uma do kanji de aikido, desta feita do Alexandre Francisco.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Tatuagem de AI KI DO



Vários são os praticantes que, marcados de alguma forma pelo aikido ou com significado especial para eles, chegam ao ponto de tatuar o kanji de aikido no seu corpo.

Aqui vai um exemplar recém-feito.

Recebido de um amigo.

Aikido Pilgrimage to Japan

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Para ouvir

Entrevista a António Lobo Antunes.

«Olhai, olhai bem, mas vede.»

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Conto Zen #4



O outro lado


Um dia um jovem budista na viagem de regresso a casa chegou à margem de um largo rio. Olhando com desalento o grande obstáculo à sua frente, ponderou durante horas como poderia ultrapassar tamanha barreira. Quando estava prestes a desistir de prosseguir a jornada ele reparou num grande mestre do outro lado do rio. O jovem budista gritou para o mestre: "grande mestre, pode dizer-me como posso chegar ao outro lado do rio?".

O mestre pondera por momentos, olha bem para o rio e grita de volta: "meu filho, tu estás do outro lado".

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Quelqu'un m'a dit



Descobri no Odisseias.

Carla Bruni que também teve um curto papel no Midnight in Paris e... esteve bem.

É caso para dizer que o baixote arranjou mesmo um bom partido.

Não é para quem quer, é para quem pode



Tirar fotos destas não é para quem quer, é para quem pode.

De José Sena Goulão.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Subscrevo



Roubado do ONI NO TSUME.

domingo, 9 de outubro de 2011

Mou habla en el campo




Eu nem jogador da bola sou e só de ver este vídeo não me importava de ser treinado por Mourinho.

Um novo talento emerge



E não sou eu que o digo, é o Crazy, Stupid, Love. e o The Help que o dizem.

Chama-se Emma Stone.

Cuidado com ela!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Red Hot's I'm With You

A primeira vez que ouvi foi mais ou menos um «não gostei».

Já ouvi mais umas quantas vezes e começa a ficar melhorzinho (volta Frusciante que 'tás perdoado?).

Mesmo assim, parece-me longe dos seus predecessores. Mas devagarinho isto vai engrenando.

Eu gosto destes gajos (quem não?) e na memória retenho um belíssimo concerto que deram no Pavilhão Atlântico, com o lineup original.

Estou pronto para destacar uma música do seu novo álbum e diria que é a seguinte:


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Desconcertado

Sempre me movi mais ou menos nos mesmo meios (não acontece assim com todos?).

Sendo certo que mesmo dentro dos mesmo meios há gentes diferentes a verdade é que, no limite, a tendência é para uma homogeneização de princípios, atitudes, visões, cultura.

Esses princípios, atitudes, visões, cultura e modos de estar podem é alterar-se de meio para meio.

E nenhum de nós se move num só meio, pois claro. E mesmo tudo isto que disse pode «nem ser bem assim». Certo!

Recentemente, no entanto, tenho estado em contacto com alguém que sai do meu campus tradicional de vivência. Alguém que me desconcerta (no bom sentido, vá).

(O que é isto do bom sentido? Porra.)

Espera. Fui ver a palavra ao dicionário. A quinta definição de «desconcertar» (a última, ouch) diz que «descompõe». É isso mesmo! É que descompor é desarranjar, desornar. E este homem é mesmo isso.

Mas a primeira definição diz: «fazer perder a boa disposição de».

Não, não, não.

É o contrário. Este homem é desconcertante mas não faz perder a boa disposição de. Não: é precisamente é ao contrário!

O homem é dramaturgo/encenador/actor.

Não é o primeiro actor que conheço mas dramaturgo/encenador, possivelmente, é.

Então o que é que acontece? Acontece que estou a tentar fazer teatro com este homem. Não porque queira ser actor ou famoso ou o raio que o parta. Nah. Quero é representar. Antes disso, queria aprender a representar e aprender o que é fazer uma peça a sério. Tenho a certeza que me dará um gozo do caraças. Aprender dá-me gozo. Se for aprender algo por que tenho interesse, tanto melhor.

Mas voltando ao homem.

É desconcertante. É eufórico (acho que está clean, a sério), é um «diabo à solta».

Mas o que mais me impressiona é a sua capacidade de, através do uso da palavra, desconstruir os dogmas, maneirismos e tiques de educação que temos. O politicamente correcto, talvez.

Qualquer acto que façamos ou qualquer coisa que digamos é objecto de desconstrução. Puxando ainda mais para o limite, este homem mostra de 20 em 20 segundos o quão insignificante um acto nosso pode ser. E é mesmo verdade.

Fervilha criatividade por todos os poros.

E mesmo que porventura não leve a maratona até ao fim (espero levar) já valeu a pena as (poucas) vezes em que estivemos juntos na mesma sala. O homem faz-me sentir como mais ninguém me faz.

E escrevi isto correndo o risco de parecer «traveca», como veio à baila a propósito de um Romeu e Julieta encenado por ele em que o Romeu calhou ser antes uma Romeu.

«Mas foda-se», a César o que é de César, disse Cristo e bem.

Descanso do Leão

 Foto de Michael Krom (clicar para imagem em formato maior)

Depois de mais de cem minutos seguidos a jogar 10 contra 11, o Leão tem agora o seu merecido descanso.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Amerimacka

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Uma análise aos programas da bola



Análise essa que não é de minha autoria, aviso já.

Mas é uma belíssima análise. Deu-me um gozo imenso lê-la pois significa que não ando sozinho nesta vida de papar todo e qualquer programa da bola. Mas mais gozo me deu sabendo que este espectador é capaz de analisar estes programas da bola sem se embrenhar directamente com eles (apesar de ser adepto de um clube, o Benfica, tal como eu sou adepto de um clube).

É só por isso que a análise é interessante e merece a pena ser lida, para quem gosta do tema, é claro.

Por último dizer só que nem sequer concordo com tudo. Teria algumas coisas a apontar (especialmente na parte de Eduardo Barroso) mas não quero atropelar esta bela análise com uma outra minha.

Fica talvez para depois.

Aqui vai disto:

Eduardo Barroso no "Prolongamento" da TVI24

Os intermináveis programas televisivos em que se discute afincadamente sobre bola inundam os nossos canais televisivos: que me lembre, muito rapidamente, há o "dia seguinte" na SICN, o "trio de ataque" na RTPN, o "prolongamento" na TVI24, o "mais futebol" na TVI, o "tempo extra" na SICN (este em versão de monólogo, de Rui Santos) e, certamente, haverá mais alguns.

Só à conta dos que citei, contabilizo aproximadamente 7 horas de emissão semanal.

Algum problema? Nenhum. São horas a fio, que só vê quem quer, em que se discute sempre a mesma coisa, com os mesmos argumentos.

Há programas em que os próprios comentadores confessam que não viram os jogos que servem de tema ao programa da semana. Mas discutem na mesma. Os lances, os árbitros, o sistema, a personalidade de quem manda nos clubes, os treinadores, as transferências. Tudo ao mais ínfimo pormenor, num estilo politicamente correcto doentio (do estilo: "esperemos que esta semana todos os clubes portugueses façam bons resultados na UEFA", "é importante que o Sporting recupere desta fase para a saúde do futebol português", etc.).

Não tenho rigorosamente nada a opor a este formato televisivo. Sempre que posso, vejo. Relaxa-me imenso, à excepção dos momentos em que as discussões pretendem ter uma dignidade a que não podem almejar: é insuportável, por exemplo, quando se gastam largos minutos a discutir o regime jurídico das Federações, ou os efeitos da "Lei Bosman" (que não é uma lei). Não é para isso que estes programas servem: servem, isso sim, para discutir "bola". Ponto final, parágrafo.


Ultimamente, o marasmo tem invadido estes espaços.

Rui Santos é insuportável. Na vaidade, no pretensiosismo. Na banalidade da análise, mesmo tratando dos assuntos que trata. Em suma: uma prosápia inaudível, de gosto mais do que duvidoso.
No "Trio de Ataque", só me divertem os dislates de António Pedro Vasconcelos e a chacina a que se presta por banda de Miguel Guedes, que invariavelmente o trucida. Mas é um espectáculo demasiado cruel para entreter. Quanto a Rui Oliveira e Costa, só me deleitam os constantes pontapés no português que julga que fala bem: já disse inúmeras vezes "façamos aqui um supônhamos" e repete incessantemente "Percebestes? Compreendestes?". A seguir, com ar pomposo, goza com Jesus porque este "não sabe comunicar". Enfim, para um sindicalista com tiques de visconde, não está mal.
No "Dia Seguinte", já só tem piada o frenesim entre Rui Gomes da Silva e Guilherme Aguiar quando o Benfica ameaça o FCP e Guilherme Aguiar se enerva. Como o Benfica tem ganho pouco (ou nada), pouco de interessante tem havido para ver. Sobra Dias Ferreira, o "grande homem", que tem perdido toda a piada e interesse desde que vestiu uma pele mais pacífica e institucional: efeitos da postura "presidenciável" que assumiu desde a última corrida à liderança do SCP.

Já no "Prolongamento" da TVI24 há Seara, Eduardo Barroso e Manuel Serrão (que substituiu, há uns tempos, o malogrado Pôncio Monteiro).

Seara está igual a si próprio: esperto, sabe que interessa dizer o mínimo, não hostilizar os outros e esperar que o ar de avôzinho simpático lhe continue a render o mediatismo acumulado ao longo de todos estes anos. Seara sabe que "é quem é" à custa destes formatos televisivos. Não está lá, por isso, por causa do Benfica. Está lá, única e simplesmente, por causa dele próprio. O que é um tédio, para quem está a ver (até porque a personagem tem zero de aliciante e menos ainda de estimulante).
A dinâmica do programa é, assim, assegurada pela tensão constante entre Eduardo Barroso e Manuel Serrão.
Sobre o último, interessa dizer que dá gozo vê-lo porque discute bola em televisão como se dicute bola no café. Boçalmente, às vezes com piada, num estilo jocoso, sempre à procura de amesquinhar o adversário. Não tem teorias pretensiosas, é o adepto puro. É isto que se quer, apesar do personagem ser incomodativo. Especialmente, para quem é do Benfica, como eu.

O antagonista de Serrão é Eduardo Barroso.
Barroso é fabuloso e é dele que me apetece falar.
Barroso berra com Serão e diz-lhe, autoritariamente, que o interrompe "quando quiser".
Barroso faz notar a Serrão que troca os "v"'s pelos "b"'s.
Barroso é sincero e emotivo. Enfurece-se e exalta-se. Mas também se comove e pede desculpa. É uma personalidade completa, feita, pois, da inerente complexidade.

Os tiques autoritários e de arrogância vai buscá-los a uma vaidade - que não esconde, mas daí não vem mal ao mundo - de ser um dos melhores médicos da Europa. Por isso manda calar Serrão, quando perde a cabeça, e berra descontroladamente com Seara, quando perde as estribeiras. Barroso está-se nas tintas, porque não depende dos programas televisivos sobre bola para nada. Por issso, desfruta-os. No seu melhor: está ali para vibrar, como nas bancadas de Alvalade, pelo "seu" Sporting. E isso diverte. Pela inteligência e pela autenticidade.


Eduardo Barroso sabe que percebe pouco de bola. A ele basta-lhe saber que é golo quando a bola entra na baliza e compreender a regra do fora de jogo. Sabe poucos nomes de árbitros (mas chama-lhes todos os nomes), não faz ideia do que uma equipa deve fazer em campo. Mas está-se borrifando, e bem. O que lhe interessa é a glória do seu clube, semana a semana.
Depois, Barroso sabe que sofre de uma malapata cruel: ser do Sporting. E compraz-se com isso, num exercício divinal de comoção passional e inteligência emocional. É por isso que tem insistido na tese de que os árbitros, antes de apitarem o Sporting, deviam consultar um psicanalista, de modo a contrariarem o seu subconsciente, que malevolamente os leva a prejudicarem o Sporting. Barroso diz isto a sorrir (mas convictamente), juntando vários argumentos e exibindo lances que servem de prova à sua teoria. Várias vezes, para estupefacção de Serrão, que se inquieta. É brilhante...sugere-lhes até o especialista, seu colega, a quem deveriam recorrer.
Mas bom, bom, é o desprezo que o próprio Barroso já não esconde pelo formato do programa: o que ele quer é divertir-se e, com isso, diverte-me imenso. Um exemplo? O do último programa: "Eduardo, o que achou do jogo da selecção nacional contra Chipre?". Resposta, com ar matreiro e um sorriso genuíno: "Uma merda. O jogo foi uma merda". A verdade no seu estado mais puro, dita com as palavras de um adepto. Que não precisa de se dar ares intelectualóides para sobreviver. Que está ali como está na bancada: sabendo pouco ou nada de bola, vibrando pelo seu clube.

Quando tirarem Eduardo Barroso dali (vai haver, aposto, algum iluminado que se indignará com o seu jeito politicamente incorrecto - neste pobre país é sempre assim) acaba o programa. No seu género, é o último que resta.


Por Hugo M. Duarte Fonseca no blogue Arruadas.