sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Amerimacka

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Uma análise aos programas da bola



Análise essa que não é de minha autoria, aviso já.

Mas é uma belíssima análise. Deu-me um gozo imenso lê-la pois significa que não ando sozinho nesta vida de papar todo e qualquer programa da bola. Mas mais gozo me deu sabendo que este espectador é capaz de analisar estes programas da bola sem se embrenhar directamente com eles (apesar de ser adepto de um clube, o Benfica, tal como eu sou adepto de um clube).

É só por isso que a análise é interessante e merece a pena ser lida, para quem gosta do tema, é claro.

Por último dizer só que nem sequer concordo com tudo. Teria algumas coisas a apontar (especialmente na parte de Eduardo Barroso) mas não quero atropelar esta bela análise com uma outra minha.

Fica talvez para depois.

Aqui vai disto:

Eduardo Barroso no "Prolongamento" da TVI24

Os intermináveis programas televisivos em que se discute afincadamente sobre bola inundam os nossos canais televisivos: que me lembre, muito rapidamente, há o "dia seguinte" na SICN, o "trio de ataque" na RTPN, o "prolongamento" na TVI24, o "mais futebol" na TVI, o "tempo extra" na SICN (este em versão de monólogo, de Rui Santos) e, certamente, haverá mais alguns.

Só à conta dos que citei, contabilizo aproximadamente 7 horas de emissão semanal.

Algum problema? Nenhum. São horas a fio, que só vê quem quer, em que se discute sempre a mesma coisa, com os mesmos argumentos.

Há programas em que os próprios comentadores confessam que não viram os jogos que servem de tema ao programa da semana. Mas discutem na mesma. Os lances, os árbitros, o sistema, a personalidade de quem manda nos clubes, os treinadores, as transferências. Tudo ao mais ínfimo pormenor, num estilo politicamente correcto doentio (do estilo: "esperemos que esta semana todos os clubes portugueses façam bons resultados na UEFA", "é importante que o Sporting recupere desta fase para a saúde do futebol português", etc.).

Não tenho rigorosamente nada a opor a este formato televisivo. Sempre que posso, vejo. Relaxa-me imenso, à excepção dos momentos em que as discussões pretendem ter uma dignidade a que não podem almejar: é insuportável, por exemplo, quando se gastam largos minutos a discutir o regime jurídico das Federações, ou os efeitos da "Lei Bosman" (que não é uma lei). Não é para isso que estes programas servem: servem, isso sim, para discutir "bola". Ponto final, parágrafo.


Ultimamente, o marasmo tem invadido estes espaços.

Rui Santos é insuportável. Na vaidade, no pretensiosismo. Na banalidade da análise, mesmo tratando dos assuntos que trata. Em suma: uma prosápia inaudível, de gosto mais do que duvidoso.
No "Trio de Ataque", só me divertem os dislates de António Pedro Vasconcelos e a chacina a que se presta por banda de Miguel Guedes, que invariavelmente o trucida. Mas é um espectáculo demasiado cruel para entreter. Quanto a Rui Oliveira e Costa, só me deleitam os constantes pontapés no português que julga que fala bem: já disse inúmeras vezes "façamos aqui um supônhamos" e repete incessantemente "Percebestes? Compreendestes?". A seguir, com ar pomposo, goza com Jesus porque este "não sabe comunicar". Enfim, para um sindicalista com tiques de visconde, não está mal.
No "Dia Seguinte", já só tem piada o frenesim entre Rui Gomes da Silva e Guilherme Aguiar quando o Benfica ameaça o FCP e Guilherme Aguiar se enerva. Como o Benfica tem ganho pouco (ou nada), pouco de interessante tem havido para ver. Sobra Dias Ferreira, o "grande homem", que tem perdido toda a piada e interesse desde que vestiu uma pele mais pacífica e institucional: efeitos da postura "presidenciável" que assumiu desde a última corrida à liderança do SCP.

Já no "Prolongamento" da TVI24 há Seara, Eduardo Barroso e Manuel Serrão (que substituiu, há uns tempos, o malogrado Pôncio Monteiro).

Seara está igual a si próprio: esperto, sabe que interessa dizer o mínimo, não hostilizar os outros e esperar que o ar de avôzinho simpático lhe continue a render o mediatismo acumulado ao longo de todos estes anos. Seara sabe que "é quem é" à custa destes formatos televisivos. Não está lá, por isso, por causa do Benfica. Está lá, única e simplesmente, por causa dele próprio. O que é um tédio, para quem está a ver (até porque a personagem tem zero de aliciante e menos ainda de estimulante).
A dinâmica do programa é, assim, assegurada pela tensão constante entre Eduardo Barroso e Manuel Serrão.
Sobre o último, interessa dizer que dá gozo vê-lo porque discute bola em televisão como se dicute bola no café. Boçalmente, às vezes com piada, num estilo jocoso, sempre à procura de amesquinhar o adversário. Não tem teorias pretensiosas, é o adepto puro. É isto que se quer, apesar do personagem ser incomodativo. Especialmente, para quem é do Benfica, como eu.

O antagonista de Serrão é Eduardo Barroso.
Barroso é fabuloso e é dele que me apetece falar.
Barroso berra com Serão e diz-lhe, autoritariamente, que o interrompe "quando quiser".
Barroso faz notar a Serrão que troca os "v"'s pelos "b"'s.
Barroso é sincero e emotivo. Enfurece-se e exalta-se. Mas também se comove e pede desculpa. É uma personalidade completa, feita, pois, da inerente complexidade.

Os tiques autoritários e de arrogância vai buscá-los a uma vaidade - que não esconde, mas daí não vem mal ao mundo - de ser um dos melhores médicos da Europa. Por isso manda calar Serrão, quando perde a cabeça, e berra descontroladamente com Seara, quando perde as estribeiras. Barroso está-se nas tintas, porque não depende dos programas televisivos sobre bola para nada. Por issso, desfruta-os. No seu melhor: está ali para vibrar, como nas bancadas de Alvalade, pelo "seu" Sporting. E isso diverte. Pela inteligência e pela autenticidade.


Eduardo Barroso sabe que percebe pouco de bola. A ele basta-lhe saber que é golo quando a bola entra na baliza e compreender a regra do fora de jogo. Sabe poucos nomes de árbitros (mas chama-lhes todos os nomes), não faz ideia do que uma equipa deve fazer em campo. Mas está-se borrifando, e bem. O que lhe interessa é a glória do seu clube, semana a semana.
Depois, Barroso sabe que sofre de uma malapata cruel: ser do Sporting. E compraz-se com isso, num exercício divinal de comoção passional e inteligência emocional. É por isso que tem insistido na tese de que os árbitros, antes de apitarem o Sporting, deviam consultar um psicanalista, de modo a contrariarem o seu subconsciente, que malevolamente os leva a prejudicarem o Sporting. Barroso diz isto a sorrir (mas convictamente), juntando vários argumentos e exibindo lances que servem de prova à sua teoria. Várias vezes, para estupefacção de Serrão, que se inquieta. É brilhante...sugere-lhes até o especialista, seu colega, a quem deveriam recorrer.
Mas bom, bom, é o desprezo que o próprio Barroso já não esconde pelo formato do programa: o que ele quer é divertir-se e, com isso, diverte-me imenso. Um exemplo? O do último programa: "Eduardo, o que achou do jogo da selecção nacional contra Chipre?". Resposta, com ar matreiro e um sorriso genuíno: "Uma merda. O jogo foi uma merda". A verdade no seu estado mais puro, dita com as palavras de um adepto. Que não precisa de se dar ares intelectualóides para sobreviver. Que está ali como está na bancada: sabendo pouco ou nada de bola, vibrando pelo seu clube.

Quando tirarem Eduardo Barroso dali (vai haver, aposto, algum iluminado que se indignará com o seu jeito politicamente incorrecto - neste pobre país é sempre assim) acaba o programa. No seu género, é o último que resta.


Por Hugo M. Duarte Fonseca no blogue Arruadas.

Coisas irrelevantes

Pela primeira vez (não queria, mas o ONI NO TSUME, do Paulo Reis Costa, justifica, sem dúvida) criei uma lista de blogues a não perder.

E na barra lateral, mais em baixo, para os fiéis seguidores e interessados podem subscrever (eu já o fiz para ver se funcionava sobre rodas e sim, funciona) o blogue deixando lá o vosso e-mail.

Podem deixar o mail à confiança pois eu não terei acesso ao vosso e-mail. Só lá a «coisa» deles (a própria Google, descobri agora) terá acesso para vos enviar e-mail a informar que publiquei novo post. Por isso, se alguém não quiser que eu saiba que segue o blogue (por alguma razão qualquer, sei lá) eu na realidade continuarei a não saber.

E é isso.

Divirtam-se.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Teste geek

Diz que uma das regras base de um bom SEO (search engine optimization) é ter no título do website palavras-chave que não só servem para caracterizar os conteúdos do blogue como, principalmente, para atrair mais visitantes (se são de qualidade ou não, isto é, leitores efectivos ou não, aí já o SEO nada pode fazer, coitado).

Sendo certo que sobre o SEO isto é só uma gota no oceano e sendo o meu próprio blogue uma gotícula nesse universo, não custa nada testar.

Ora então, assim sendo, deixa lá ver se isso é verdade.

sábado, 24 de setembro de 2011

O porquê do cinema ser a «sétima arte»




Gil: 500 francs for a Matisse? That seems fair! So, can I get 6 or 7?


Midnight in Paris.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Capitão América #2


Se a imagem abaixo estava bem feita, o que dizer desta então?

Mais um bom trabalho.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Capitão América


Depois d'A Bola ter apelidado Oguchialu Onyewu de Capitão América eis que um sportinguista produziu esta belíssima imagem do americano.

Via O Cacifo do Paulinho.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Dúvida existencial do dia



O que nasceu primeiro? O ovo ou a galinha?

O que traça o rumo económico de um país? Uma ideologia política ou uma visão económica sem intrusão daquela?

Se um economista tem a visão xis e entende esta visão como a que melhor defende os interesses do seu país, assim que esse economista passa a ter uma cor partidária a defender muda a sua visão inicial em relação à economia desse mesmo país ou mantém-se fiel aos seus princípios económicos?

Defende-se mais o interesse partidário ou defende-se mais o desenvolvimento sustentado de uma nação?

A que sardinha é que se puxa mais a brasa?

Estou confuso. Muito confuso.

Mas ficam as questões.

domingo, 11 de setembro de 2011

Vídeo promocional de aikido




Num dojo em Utrecht, de onde veio o Wolfswinkel, que marcou ontem um golo à ponta-de-lança dando os três pontos ao Sporting.

Disse Morihei Ueshiba #4



Nunca temas quem te desafie, por muito imponente que seja.

Nunca desprezes quem te desafia, por muito insignificante que seja.

sábado, 10 de setembro de 2011

Eu não sei mas ouvi dizer

Que vinha aí o Kill Bill: Vol. 3 em 2014.



Hell yeah!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Conto Zen #3



Um monge sénior e um monge júnior viajavam juntos. A certa altura chegaram a um rio com uma forte corrente. Quando os monges se preparavam para atravessar o rio, viram uma jovem e lindíssima mulher tentando também atravessar o rio. A jovem mulher pediu-lhes ajuda na travessia.

O monge sénior levou a mulher ao ombro, atravessaram o rio e deixaram-na na outra margem. O monge júnior ficou bastante chateado, mas nada disse.

Ambos caminhavam e o monge sénior reparou que o seu júnior estava estranhamente silencioso e inquiriu: “aconteceu alguma coisa? Pareces chateado.”

O monge júnior respondeu: “como monges, não nos é permitido uma mulher. Como pôde, por isso, carregar aquela mulher aos seus ombros?”

O monge sénior respondeu: “eu deixei a mulher há muito tempo atrás na margem, contudo, tu pareces carregá-la ainda.”

A isto eu chamo de humildade



Reparei que, no seu dojo, ao contrário dos dojos japoneses, não faz saudação (rei; uma vénia). Advoga uma filosofia de respeito mútuo e cortesia.

Creio que a saudação japonesa é compreensível pois é algo cultural. No Japão, as pessoas na rua ou em restaurantes ao cruzarem-se umas com as outras fazem essa vénia. Nós não temos isso aqui. Julgo que as pessoas, em especial muitos instrutores de artes marciais, gostam de ser olhados como alguém que é mais importante que os seus alunos, por isso fazem com que estes apliquem essa saudação para mostrar respeito. Não acho que isso seja apropriado. Pelo contrário, sou eu quem devo curvar perante os meus alunos pois se não fosse a sua presença diária, não poderia operar esta escola. É estranho se você me faz uma vénia ao entrar na classe, depois dá cabo de mim, sai, e saúda-me novamente. Alguma coisa está errada!



(Eu sei que não é por outras artes marciais, japonesas ou não, fazerem saudação, que são menos ou mais humildes por isso. Sei também que qualquer arte marcial zela tanto pelo respeito mútuo e cortesia como advoga Rorion Gracie. Faço este salvo-conduto só para que não me crucifiquem)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

In Bruges




Que agradável surpresa este In Bruges.

Soberbamente bem escrito e igualmente bem interpretado. Assim até dá gosto.

O mais grave é que nem conhecia o filme.

A título de curiosidade entram três actores Harry Potterianos: Ralph Fiennes (Lord Voldemort), Brendan Gleeson (Alastor 'Mad-Eye' Moody) e Clémence Poésy (Fleur Delacour).

Mas esta curiosidade à parte há que dizer que Brendan Gleeson faz um papel e peras. Uma delícia. O piorzinho ainda foi o «cabeça de cartaz» Colin Farrell, mas mesmo ele, esteve bem.

Grandes diálogos, numa excelente mistela entre humor e acção metendo muito dito «thriller» a um canto. Um «must see».




(Bruges, 2009)

Até para a semana, Bruges (é na Bélgica!), se «Deus quiser!».

Ediberto Lima: Veni, Vidi, Vici



Foi na quinta-feira passada mas só agora tive oportunidade de ver.

Ediberto Lima, o Senhor Televisão em Movimento, esteve no 5 para a meia-noite e esteve muito bem.

Não vi todos os programas mas arriscaria dizer que foi a primeira vez que vi o apresentador à rasca com o seu entrevistado. Normalmente verifica-se o contrário sobretudo quando é Pedro Fernandes ou Nilton o «pivot» do programa.

Só mesmo o Senhor Televisão em Movimento poderia ir a um programa daqueles e «partir a louça toda».

Depois da polémica em torno do Bar da TV, Ediberto deixou de estar na linha da frente da TV portuguesa mas nem por isso o seu historial e mérito profissionais saem manchados, antes pelo contrário.

Mal comparado, um pouco como Ricardo Carvalho. Provavelmente não voltará à selecção nacional mas nem por isso deixará de ser considerado como um dos melhores centrais do planeta no seu tempo.

Mas quando Ediberto chegou a Portugal, há 18 anos, foi mesmo assim: Veni, Vidi, Vici.

Ediberto Lima andou no topo da TV portuguesa durante quase dez anos e sabe muito da poda. O resto é conversa.

Quando se anda no topo é normal que se crie alguns inimigos. Como Mourinho foi criando.

À pergunta «como acha que é visto em Portugal?» respondeu: «antes de responder a isso, vou plagiar uma frase do Alberto João Jardim que eu acho fantástica: 'Desculpa lá pá, quem não tem inimigo é um merda.' Eu devo ter muitos, porque sou um cara muito frontal, digo o que me vem à cabeça, não gosto de censura».

Por isso, nem de propósito, Ediberto Lima vai lançar um livro: Ediberto Lima - O Deus e o Diabo da Televisão em Movimento. Sempre polémico e com humor Ediberto diz que é «o livro certo para estudantes, estagiários e paraquedistas da comunicação». Promete dar dicas e «falar sobre o passado, o presente e o futuro da caixa que mudou o mundo». Será lançado no próximo domingo às 20h na Fnac do Colombo.

Ediberto não se ficou por aqui e tem um novo projecto no Regiões TV como director artístico.

Numa nota mais pessoal posso dizer que tive o privilégio de ter o Ediberto Lima como meu aluno de aikido. Mas tão ou mais importante que isso tive o privilégio e a honra de me iniciar no ensino do aikido a convite do Ediberto Lima, tinha eu 18 anos de idade.

Ainda hoje mantenho essa ligação com o Ediberto e ainda hoje tenho que lhe agradecer essa «aposta» em mim e por me proporcionar ano após ano, sem saber, indirectamente, uma evolução contínua na difícil arte do aikido assim como àqueles que comigo têm praticado.

Ediberto Lima que é um praticante de artes marciais desde infância com particular ênfase no karate.

Ao Ediberto Lima o meu obrigado. E votos de sucesso para o novo projecto!

Domingo tentarei lá estar. Quero o livro autografado, pois claro.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Fiona Apple's Across The Universe